13º salário: especialista dá orientações para planejar o uso do benefício e organizar as finanças

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Foto: Towfiqu barbhuiya no Unsplash

Quitar dívidas, investir ou fazer compras? Para os 95,3 milhões de brasileiros que devem receber o 13º salário, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), essa pode ser uma difícil decisão ao receber o benefício. Antes de qualquer gasto, é preciso planejamento, cautela e organização, como destaca o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Unijorge, Adriano Araújo.

De acordo com o professor, um dos maiores erros é usar o dinheiro sem estabelecer prioridades e comprometer a primeira parcela ou o valor total com compras por impulso, festas e viagens. Para facilitar o planejamento, ele sugere destinar cerca de 60% do 13º salário para quitar ou negociar dívidas, 30% para formar reserva ou investir e 10% para lazer, compras ou mesmo investimento em cursos ou outros interesses.

Ele sugere que, em caso de dívidas, elas devem ser quitadas, priorizando as contas de consumo, como água e energia elétrica, que são essenciais. Em seguida, ele recomenda direcionar o valor para dívidas com juros mais altos, como cheque especial, rotativo do cartão de crédito e empréstimos pessoais. Quem recebe o benefício também deve ficar atento às dívidas que travam a vida financeira, como protestos de títulos em cartório ou restrições ao CPF em órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa.

“Sabemos que o endividamento afeta a vida das pessoas e até o emocional. Ao direcionar esse recurso para resolver pendências, a pessoa evita a cobrança de juros, inicia a reorganização financeira e volta a ter crédito”, afirma Adriano.

Uma oportunidade para quitar dívidas nessa época é aproveitar as condições especiais que muitas empresas oferecem. A dica é buscar redução de juros e multas junto a empresas credoras e ainda melhores condições com pagamento parcelado.

“Vale a pena avaliar se compensa quitar o débito à vista com desconto ou parcelar, para preservar parte do 13º salário para reserva de emergência ou para pagamentos importantes de início do ano, como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar”, complementa o especialista.

Outra opção para usar o benefício é pensar em fazer investimentos, que podem ser iniciados com valores baixos. Aplicativos de bancos digitais, aplicativos de compras, ofertam opções de baixo investimento e com retorno interessante, como Certificado de Depósito Interbancário (CDI) que apresenta rendimentos maiores que outros modelos de investimento.  Mesmo a conta poupança, que oferece retorno muito baixo, pode ser utilizada para investimento ou reserva de emergência.

“O ideal é guardar, mesmo que pouco dinheiro, pois nunca sabemos ou podemos prever o que o futuro nos reserva. Cada pessoa deve avaliar as melhores opções e organizar suas finanças de forma consciente, pois uma boa gestão do 13º salário agora impacta positivamente o orçamento ao longo do ano e contribui para o amadurecimento financeiro”, conclui o professor.

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