13º salário: o ponto de partida para transformar o bônus de fim de ano em investimento

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos / Foto: Divulgação
Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos / Foto: Divulgação

Com os juros elevados, o momento é ideal para equilibrar consumo e planejamento e usar o abono anual de forma estratégica

Com o pagamento da primeira parcela do 13º salário chegando, milhões de brasileiros se preparam para as festas de fim de ano e as promoções da Black Friday. Embora seja uma oportunidade de aliviar o orçamento ou realizar desejos de consumo, o bônus também representa uma chance de começar um novo ciclo financeiro, mais estruturado e projetando o futuro.

O desafio, porém, está em equilibrar prazer e planejamento. Muitos acabam gastando por impulso e comprometendo o orçamento do início do próximo ano, enquanto outros aproveitam o período para quitar dívidas ou dar os primeiros passos nos investimentos.

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, orienta uma divisão simples de investimentos, para aproveitar 100% do décimo terceiro: “30% para lazer e consumo, 30% para quitar dívidas e 40% para investimento e reserva financeira. Essa divisão é ótima para  evitar o endividamento, além de criar o hábito de investir de forma recorrente”, afirma. 

Reserva de emergência: o primeiro passo para a liberdade financeira

Para quem ainda não tem uma reserva, o 13º é o momento ideal para começar. Especialmente em tempos de incerteza econômica, contar com um fundo de emergência é o que garante estabilidade e tranquilidade.

“O décimo terceiro é uma ótima oportunidade de formar uma reserva. Esse valor deve ser aplicado em investimentos seguros, líquidos e com rendimento diário, como Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária ou fundos DI atrelados ao CDI”, orienta Cunha.

Do curto ao longo prazo: estratégias sob medida para cada meta

Quem pretende usar o dinheiro em até 12 meses deve evitar a volatilidade e priorizar renda fixa pós-fixada ou atrelada à inflação, opções como CDBs, LCIs, LCAs e Tesouro Selic garantem liquidez e preservam o poder de compra.

Já para metas de médio prazo (de dois a cinco anos), Cunha recomenda buscar um equilíbrio entre segurança e rentabilidade. “Aqui cabem ativos como Tesouro IPCA intermediário, fundos multimercados conservadores e fundos de crédito privado. O segredo é casar o prazo do investimento com o prazo da meta, assim o investidor evita precisar resgatar em um momento ruim do mercado”, comenta.

No longo prazo, a estratégia muda de preservação para multiplicação. Cunha sugere incluir previdência privada com bons fundos multimercados ou de ações, fundos de dividendos e Tesouro IPCA+ de longo prazo.

Juros em queda e oportunidades de diversificação

O cenário atual, com juros ainda elevados, mas em trajetória de queda, favorece tanto os conservadores quanto quem busca diversificar. A renda fixa continua rendendo bem, enquanto começa a se abrir espaço para ativos de maior risco, como ações e fundos imobiliários.

“Vivemos um momento em que a renda fixa continua atrativa, mas já vale a pena começar a plantar o que será colhido quando os juros caírem de vez. A base deve continuar em pós-fixados, mas é hora de incluir títulos IPCA+ e fundos de ações de qualidade”, explica.

Mais do que uma renda extra, o 13º salário pode se transformar em um aliado para quem quer criar o hábito de investir “O segredo é transformar decisão em rotina. Escolha um percentual do 13º, mesmo que pequeno, e crie o compromisso de fazer aportes constantes, como um presente para o seu eu do futuro”, aconselha.

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