Às vésperas do Oscar 2025, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) seleciona 25 produções que abordam desde o impacto do diagnóstico da doença até a evolução do tratamento oncológico
A sétima arte, como é definido o cinema, não se resume a contar histórias por meio de uma tela, imagens, cores e sons. É uma forma de comunicação que contribui para a disseminação de conhecimento. Com roteiros desenvolvidos com competência, sem distorção de informação, pode inclusive contribuir para uma melhor compreensão da população sobre as múltiplas situações humanas que cercam um diagnóstico de câncer. Com essa premissa, às vésperas da cerimônia do Oscar 2025, marcada para o próximo domingo, dia 2 de março, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) selecionou 25 filmes que contribuem para um melhor entendimento sobre o câncer.
Embora contadas, na maioria dos casos, de forma melodramática, com clichês e estereótipos, as histórias selecionadas abordam aspectos importantes como a evolução do tratamento oncológico e o papel da família e amigos durante e após o tratamento, além de possibilitar reflexões sobre cuidados paliativos e qualidade de vida e de morte. “Em Love Story, de 1970, o câncer chega como uma sentença de morte. Duas décadas depois, no filme Tudo por Amor, não sobra espaço na história para se acreditar na cura do paciente. Nos filmes das últimas décadas, vemos a evolução na forma de acolher e tratar cada paciente”, observa o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO e titular do Hospital de Base, de Brasília.
A SBCO traz uma breve descrição dos 25 filmes, em ordem cronológico de lançamento:
1 – Love Story – Uma História de Amor (1970) – Esta produção é um romance entre Oliver (Ryan O´Neil) e Jenny (Ali McGraw), estudantes universitários que, pouco tempo após o casamento, recebem a notícia de que Jenny está com câncer. O diagnóstico chega acompanhado de um prognóstico de pouco tempo de vida. A doença é mostrada como implacável e sem chances de ser controlada. Indicado ao Oscar em sete categorias venceu como melhor trilha sonora.
2 – Laços de Ternura – Terms of Endearment (1983) – Uma das histórias sobre relações familiares conta neste filme gira em torno de uma relação desgastada e emotiva entre a mãe Aurora (Shirley MacLaine) e sua filha Emma (Debra Winger). Um novo caminho afetivo entre elas começa a ser traçado quando Emma recebe o diagnóstico de câncer, mostrando o impacto do diagnóstico na paciente e nas pessoas ao seu redor. Concorrendo em onze categorias, Laços de Ternura venceu em cinco delas no Oscar.
3 – Tudo por Amor – Diying Young (1991) – Nesta produção, que traz como protagonistas os jovens Victor Geddes (Campbell Scott) e Hillary O´Neil (Julia Roberts), ao contrário dos filmes que abriram essa lista, o câncer surge como protagonista do enredo. Hillary responde ao anúncio, que pedia uma mulher para cuidar de Victor, em tratamento de leucemia. Eles se apaixonam e desfrutam de amor mútuo nas fases de remissão, mas a doença persiste e os efeitos colaterais da quimioterapia são intensos e a morte de Victor vai se tornando, cada vez mais, iminente.
4 – Um Golpe do Destino – The Doctor (1991) – O médico cirurgião Jack Mckee (William Hurt) é bem-sucedido, mesmo tratando os seus pacientes com frieza. Quando recebe o diagnóstico de um câncer na laringe, sua postura diante do mundo muda. Com a perspectiva de paciente em sua jornada de hospitais, médicos e tratamento, percebe que a profissão de cirurgia vai muito além de operar. A obra é uma importante reflexão sobre humanização no cuidado.
5 – Lado a Lado – Stepmom (1998) – Um filme de um pai divorciado (Ed Harris), que se apaixona por Isabel (Julia Roberts), sendo que os filhos Anna (Jena Malone) e Ben Harrison (Liam Aiken) não aceitam o novo relacionamento. O caminho para a aproximação passa por se aproximar da ex-exposa Jackie (Susan Sarandon), que é mostrada como uma mulher amarga. Jackie recebe o diagnóstico de câncer e as diferenças entre todos diminuem, abrindo espaço para o carinho e respeito mútuo.
6 – Patch Adams – O Amor é Contagioso (1998) – Filme baseado na história real de Hunter Doherty Adams, médico norte-americano que ficou mundialmente conhecido como Patch Adams. O personagem que dá título à obra é interpretado por Robin Willians. Patch Adams alia o seu conhecimento em medicina com dose de humor e carinho no processo de cura , ou melhor de qualidade de vida, de seus pacientes pediátricos com diagnóstico de câncer.
7 – Um Amor Verdadeiro – One True Thing (1998) – Em uma história quase que integralmente contada em flashback, retrata os últimos meses da vida de Kate Gulden (Meryl Streep), que está morrendo de câncer. Seu marido e escritor George Gulden (William Hurt), afirma não poder cuidar da esposa por conta de sua vida profissional intensa e decide pressionar sua filha, Ellen Gulden (Renée Zellweger), a largar seu emprego de jornalista em Nova York e sua vida particular para cuidar da mãe. Ellen concorda a contragosto, pois além de prejudicar sua carreira se vê em um contexto social totalmente estranho. Ellen se vê diante de um pai falho e de uma mãe em que o câncer não a define. É mais que isso. Streep foi indicada para o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação no filme, mas perdeu para Gwyneth Paltrow por seu papel em Shakespeare Apaixonado, mesma edição em que Fernanda Montenegro, por Central do Brasil, foi indicada.
8 – Um Amor para Recordar – A Walk to Remembr (2002) – A obra baseada no livro homônimo (1999) do escritor Nicholas Sparks conta uma história comovente sobre o câncer, onde o garoto popular da escola Landon Carter (Shane West) recebe uma punição (ser o tutor de uma escola de baixa renda) e é obrigado a participar de uma peça de teatro. Entre os participantes da peça, ele conhece Jamie Sullivan (Mandy Moore), que vive uma vida totalmente contrária à de Landon e faz de tudo para eles não se apaixonarem, pois ela guarda um segredo: leucemia. O filme contribui para a desmistificação do câncer.
9 – Antes de Partir – The Bucket List (2007) – Carter Chambers (Morgan Freeman) é um homem casado, que há 46 anos trabalha como mecânico. Seu companheiro de quarto é Edward Cole (Jack Nicholson), empresário e dono do hospital. Ambos estão com câncer e recebem o prognóstico de poucos meses de vida. Carter tem uma lista de desejos e Edward o recurso financeiro para realizá-los. Partem em uma viagem pelo mundo. Um filme sobre câncer se torna um “road movie”, repleto de mensagens sobre amor à vida e de reflexões sobre cuidados paliativos.
10 – Uma Chance Para Viver – Living Proof (2008) – O filme traz o ator Harry Connick Jr. no papel de Dennis Slamon e tem seu roteiro construído a partir do início das pesquisas do oncologista californiano uma década antes da primeira aprovação para uso clínico do Herceptin. O filme tem o mérito de buscar, em momentos-chave, ter uma boa didática. Um destes exemplos, logo nos primeiros minutos, é o personagem Dennis Slamon explicando, em poucas palavras, sua pesquisa para a secretária que, até então, jamais tivera contato com ciência. “HER-2 é um gene que controla o crescimento de células do tecido da mama de 1/3 das mulheres e quando essa mulher tem câncer de mama é um câncer muito agressivo e não há tratamento disponível, nem mesmo a quimioterapia. A maior parte delas morre. Se o meu remédio for bem-sucedido vai dar esperança às mulheres pela primeira vez, salvando 40 mil vidas por ano”, disse. Outro momento interessante se dá quando o confiante Slamon se vê diante de 15 mulheres elegíveis para sua pesquisa. Ele faz questão de explicar. “A droga que vocês tomarão finalmente tem um nome. Herceptin. É uma combinação de HER do HER-2 e do Ceptin, que é uma droga feita para interceptar os sinais do crescimento, alcançando as células cancerígenas e, por sua vez, impedindo que elas cresçam”, destaca o oncologista para suas pacientes. As pacientes em questão foram tratadas, intercaladamente, com Herceptin e a Cisplatina, uma quimioterapia convencional.
11 – Uma Prova de Amor – My Sister´s Keeper (2009) – Neste filme estrelado por Cameron Diaz, que interpreta Sara, mãe de Kate (Sofia Vassilieva), a história gira em torno do diagnóstico de leucemia e da jornada de tratamento da Kate. Com prognóstico que aponta para poucos anos de vida, o médico sugere à mãe e ao pai Brian Fitzgerald (Jason Patric), que façam um tratamento de reprodução assistida para ter um filho por fertilização in vitro que seja doador compatível com Kate. Assim nasce Anna (Abigail Breslin), que logo ao nascer doa sangue de seu cordão umbilical para a irmã. Anos depois, os médicos decidem fazer um transplante de medula de Anna para Kate. Ao atingir 11 anos, Anna precisa doar um rim para a irmã. No entanto, Anna está cansada dos procedimentos médicos aos quais é submetida e decide enfrentar os pais e lutar na justiça por emancipação médica, de forma a que tenha direito a decidir o que fazer com seu corpo. Para defendê-la, Anna contrata Campbell Alexander (Alec Baldwin), um advogado que cuidará de seus interesses. Filme que propõe, de forma exitosa, uma importante discussão sobre a importância de não se negligenciar a qualidade de vida da irmã saudável em um lar com criança em tratamento oncológico.
12 – Biutiful (2010) – Mais um filme em que o câncer surge na vida do protagonista de forma agressiva e terminal. Diante do prognóstico recebido, Uxbal (Javier Bardem) também decide mudar o rumo da vida e resolver carmas pessoais. Uxbal é um médium que não conheceu o pai, tem uma ex-esposa bipolar e cuida sozinho dos filhos. Para se sustentar em Barcelona, ele explora imigrantes africanos como camelôs e explora chineses na indústria têxtil e na construção civil. Se inicia uma jornada de redenção, de tratamento oncológico e de reflexão sobre a vida e a morte. A obra recebeu as indicações ao Oscar nas categorias de melhor ator com Javier Bardem e melhor filme internacional.
13 – Cartas para Deus – Letters to God (2010) – Baseado em uma história real, este filme conta a vida de Tyler Doherty (Tenner Maguire) que, aos oito anos, está em tratamento de um câncer no cérebro. Entre as idas e vindas ao hospital, escreve cartas diariamente endereçadas para Deus. Entra em cena o carteiro Brady (Jeffrey Johnson), que vive momentos conturbados em sua vida pessoal e que encontra no menino as razões para encontrar um novo sentido em sua vida. O filme mostra o papel positivo que a espiritualidade do paciente pode exercer na adesão ao tratamento.
14 – 50/50 – 50% (2011) – A comédia “50/50”, como descreveu Cláudia Collucci em reportagem publicada na Folha outubro de 2011, é um exemplo de que humor e câncer podem caminhar juntos. Baseado no livro homônimo do produtor de rádio Will Reiser, que descobriu aos 27 anos uma forma rara de câncer de medula, o filme mostra cenas em que a doença é usada, por exemplo, para conquistar mulheres. Para Reiser, piadas com o câncer fazem com que as pessoas lidem melhor com a doença, falem mais sobre ela e derrubam preconceitos. A jornalista também referenciou a American Cancer Society, que admite que o bom humor reduz o estresse, a dor e melhora a qualidade de vida do doente. Isso porque boas risadas liberam endorfinas no cérebro, o que estimula o sistema imune. Um contexto mais leve, porém, não banalizado, do melodrama que cerca a maioria das produções cinematográficas que giram em torno do câncer. Destaque para as atuações de Joseph Gordon-Levitt (Adam), que recebe o diagnóstico de câncer, e de Seth Rogen (Kyle). Juntos, eles mostram o poder da amizade na jornada de tratamento.
15 – A Garota das Nove Perucas (2012) – The Girl with Nine Wigs – Heute bin ich blond – Aos 21 anos, Sophie (Lisa Tomaschewsky) recebe o diagnóstico, conforme descrito no filme, de um tipo raro e agressivo de câncer no pulmão (rabdomiossarcoma pulmonar). Dentre os efeitos colaterais, a perda de cabelo. A protagonista passa a usar nove perucas e, com elas, adquire diferentes personalidades. Surgem assim Uma, Pam, Sue, Blondie, Daisy, Platina, Stella, Bebé e Lydia. Durante o tratamento, Sophie vai descobrindo mais sobre o seu verdadeiro eu e que sua vida não se resume a um diagnóstico de câncer. O filme é inspirado no livro homônimo e biográfico da escritora holandesa Sophie van der Stap.
16 – Unidas pela Vida – Decoding Annie Parker (2013) – Baseado em fatos. Assim como Angelina Jolie, Annie Parker (Samantha Morton) herdou a mesma alteração genética. E sua história real é o ponto central do filme . Sua vida é retratada desde a infância, quando se dá, ainda na década de 1960 – a morte de sua mãe, vitimada pelo câncer, assim como havia ocorrido com a avó e, posteriormente, com a irmã de Annie. Estes casos fatais registrados na família fizeram Annie acender o sinal de alerta. Paralelamente, a geneticista Marie-Claire King e o grupo de pesquisa por ela liderado buscavam algo que pudesse explicar a ocorrência de casos de câncer de mama em mulheres da mesma família, com a proposta de evidenciar não se tratar de eventos aleatórios. A médica é interpretada por Helen Hunt. O filme retrata a saga de Marie-Claire King a partir de um estudo com doze famílias de alto risco (50 pacientes). Uma jornada que duraria muitos anos – com os marcos resumidamente mostrados de forma bastante clara nesta produção. O mérito desta produção está em ilustrar um período no qual a hereditariedade do câncer era desconhecida e, consequentemente – no caso específico da síndrome de câncer de mama e ovário hereditário – não estava em pauta temas como mapeamento e aconselhamento genético, rastreamento para grupos de alto risco por meio de mamografia e exames complementares ou até mesmo medidas profiláticas (retirada preventiva de um órgão para redução de risco).
17 – A Culpa é das Estrelas – The Fault is Our Stars (2014) – Baseado no romance best seller de mesmo título, o filme conta a história de Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley), diagnosticada com um câncer na tireoide que se espalhou para o pulmão e que está em tratamento com uma droga experimental. Após alguns anos, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que está em tratamento oncológico. Ambos possuem visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo. Em meio às diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes um para o outro.
18 – Eu, você e a garota que vai morrer – Me and Earl and the Dying Girl (2015) – Nesta adaptação para o cinema de um livro homônimo, a história é centrada em Greg (Thomas Mann), que está levando em último ano do ensino médio, vivendo da forma mais anônima possível, com um mínimo de interações sociais. O pouco que interage é com o único amigo Earl (RJ Cyler) e o maior hobby de ambos é desenhar. Eis que a mãe de Greg o força a fazer amizade com uma colega de classe que tem leucemia, Rachel (Olivia Cooke). Mais do que ser “a garota que vai morrer”, Rachel dá um novo significado para sua vida e de seus novos amigos.
19 – Já Estou com Saudades – Miss You Already-(2015) – Jess (Drew Barrymore) e Milly (Toni Collette) são melhores amigas desde a infância. Enquanto Milly se casou, teve dois filhos e construiu uma carreira de sucesso, Jess decidiu levar uma vida pacata ao lado do marido Jago (Paddy Considine). Após se submeter a um tratamento, Jess enfim consegue engravidar. Essa notícia vem justamente quando Milly descobre ter câncer de mama. Nesse momento, Milly recorre ao apoio da amiga e de toda a sua família. O filme mostra que tão eficaz quanto o tratamento oncológico em si é o vínculo de amizade e a rede de apoio.
20 – Ma Ma (2015) – Duas notícias simultâneas. Magda (Penélope Cruz) é diagnosticada com câncer de mama e, pouco depois, descobre estar grávida. De início, Magda tem dificuldades em lidar com a notícia e reluta em contar aos amigos e familiares. Em contexto de cirurgia e sessões de quimioterapia, convive com efeitos colaterais como queda de cabelo, cicatrizes, fraqueza e enjoos. A obra mostra como procedimentos cirúrgicos mexeram com sua autoestima e ressalta o papel da amizade e do apoio da família em momentos difíceis, assim como mostra sua resiliência durante a gravidez concomitante ao câncer.
21 – Graça e Coragem – Grace and Gift (2021) – Baseado em uma história real, o filme conta a história romântica de Treya (Mena Suvari) e Ken (Stuart Townsend), que, quando estavam casados há menos de duas semanas, receberam a notícia de que Treya está com câncer. O filme é uma adaptação do romance não-ficcional Grace and Grit, de Ken Wilber. Usando os próprios diários de Treya, a história é baseada na experiência do Ken da vida real, e sua jornada angustiante com o câncer que atingiu sua esposa.
22 – Val (2021) – Esse documentário, com duração de longa metragem, conta a história do ator Val Kilmer, que usa aparelho para auxiliar sua fala por conta de traqueostomia. Oito entre dez casos de câncer de garganta (ou orofaringe) são descobertos em fase avançada. Além de reduzir exponencialmente as chances de cura, este contexto de diagnóstico tardio aumenta o risco de sequelas severas desta doença. Diagnosticado em 2015 com esse tipo de câncer, Val Kilmer foi submetido a uma traqueostomia (tubo de plástico ou de metal desenvolvido para auxiliar a respiração) e as sequelas são expostas em seus depoimentos gravados para o filme. O drama do ator, que agora fala com ajuda de um aparelho, é o mesmo de muitos pacientes submetidos a procedimento semelhante para tratar o câncer de garganta, em que a traqueostomia é necessária para permitir a respiração. O tratamento, quase sempre cirúrgico, varia de acordo com o grau de desenvolvimento da doença no momento do diagnóstico. Dependendo do tamanho e tipo do tumor, o médico cirurgião pode precisar remover estruturas inteiras da garganta e o paciente pode ficar com sequelas, como alteração na voz. Há casos em que é preciso combinar a cirurgia com quimioterapia e radioterapia. A reabilitação pós-cirúrgica pode contemplar terapia da fala com fonoaudiologia e fisioterapia para ajudar a pessoa a mastigar e engolir, por exemplo. Se as cordas vocais foram afetadas, o paciente pode ter que aprender a utilizar a voz esofágica ou fazer uso de dispositivos.
23 – Meu Final Feliz – My Happy Ending (2023) – O filme segue Júlia Roth (Andie MacDowell), uma atriz de Hollywood que é diagnosticada com câncer colorretal. Ela decide fazer quimioterapia em uma pequena clínica na Inglaterra para evitar a atenção do público. Durante o tratamento, ela conhece três outras mulheres que também lutam contra o câncer: Miriam Margolyes como Judy, Sally Phillips como Mikey e Rakhee Thakrar como Imaan. À medida que compartilham suas experiências e se apoiam, Julia começa a enfrentar sua mortalidade e a encontrar uma sensação de paz. O filme explora temas de câncer, amizade, perda e aceitação, além de abordar os desafios físicos e emocionais que cercam uma doença terminal, bem como a importância da conexão humana e do apoio em tempos difíceis.
24 – Todo Tempo Que Temos – We Live in Time (2024) – Estrelado por Florence Pugh (Almut) e Andrew Garfield (Tobias) chegou aos cinemas brasileiros em outubro do ano passado. Segundo reportagem da CNN, a produção reflete sobre morte, escolhas e renúncias em uma narrativa que apresenta a história de amor – de forma não linear – do casal. Enquanto o filme conta como eles se conheceram, apaixonaram e formaram uma família, a protagonista é diagnosticada com câncer e deve decidir se vai passar pelo tratamento, que pode lhe garantir mais tempo de vida. Ao longo da trama, a produção busca dar uma ótica diferente da convencional à perda e ao luto enquanto a protagonista questiona o legado que quer deixar no mundo e para sua filha. Já o marido luta para superar a raiva e incompreensão.
25 – Milagre do Destino (2025) – Exibido na segunda (24) em Tela Quente, na TV Globo, o filme é uma obra inspirada na história da repórter Marina Alves, que descobriu uma irmã biológica quando procurava doador de medula durante seu tratamento de linfoma linfoblástico de células T, um tipo de câncer grave que destroi as células de defesa do organismo. A produção é da TV Verdes Mares, que teve o projeto escolhido dentre ideias apresentadas pelas afiliadas da emissora. As atrizes Dani Gondim e Rhaisa Batista protagonizam o filme.