Thais Pianucci, diretora B2C da Alura, explica quais competências ganham força no mercado e como profissionais e instituições podem se preparar para formar talentos alinhados ao novo cenário digital
A automação acelerada e o avanço da inteligência artificial transformaram não apenas o mercado de trabalho, mas também o perfil de competências exigidas dos profissionais. Habilidades tecnológicas que antes eram restritas a áreas de TI hoje são pré-requisitos para qualquer carreira, inclusive em setores tradicionais, como Marketing, Financeiro e Recursos Humanos.
Segundo Thais Pianucci, diretora B2C da Alura, maior e mais completa escola online de tecnologia do país, as habilidades tecnológicas deixaram de ser um diferencial e se tornaram requisito básico. Isso exige de instituições de ensino, empresas e profissionais uma atualização constante de repertórios de aprendizado e prática.
A executiva aponta cinco habilidades que, na prática, já impactam todas as carreiras e devem se tornar ainda mais demandas entre 2026 e 2030:
- Letramento digital e em IA
Compreender os conceitos básicos de tecnologias, algoritmos e inteligência artificial, assim como suas aplicações práticas, é fundamental para acompanhar o mercado.
- Pensamento computacional e raciocínio lógico
Saber identificar padrões, abstrair e resolver problemas, além de propor soluções de forma eficiente, são habilidades muito úteis tanto para funções técnicas quanto para áreas administrativas, jurídicas, educacionais ou de gestão.
- Ser generalista para depois se tornar especialista
Construir uma base de conhecimento generalista sólida permite maior adaptabilidade e entendimento das ferramentas digitais. Com essa base, o profissional consegue identificar em qual área se aprofundar posteriormente.
- Análise e interpretação de dados
Tomar decisões orientadas por dados deixou de ser uma competência restrita a analistas. Entender indicadores e métricas é cada vez mais esperado de profissionais de qualquer área.
- Segurança digital e ética tecnológica
Em tempos de IA generativa e vazamento de dados, compreender noções básicas de segurança e de boas práticas éticas é indispensável para proteger informações sensíveis e manter a credibilidade profissional.
“Hoje, a tecnologia deixou de ser responsabilidade exclusiva de áreas técnicas. Ela atravessa todos os setores e impacta diretamente a forma como trabalhamos, tomamos decisões e nos comunicamos. Quem não entende o básico sobre ferramentas digitais, dados e inteligência artificial corre o risco de ficar para trás”, afirma Thais.
A executiva ainda projeta que nos próximos três a cinco anos, as fronteiras entre tecnologia e outras áreas se tornarão ainda mais difusas. Profissionais precisarão ser cada vez mais críticos, multidisciplinares e adaptáveis. “A habilidade de transitar entre diferentes áreas e combinar conhecimentos diversos tem se tornado cada vez mais valorizada no mercado”, conclui.
