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5 principais tendências para melhorar a experiência do usuário no digital em 2025

Rodolpho Henrique, líder de design digital focado em experiências e serviços interativos / Foto: Divulgação
Rodolpho Henrique, líder de design digital focado em experiências e serviços interativos / Foto: Divulgação

Especialista em design digital aponta que ferramentas como a IA devem ser utilizadas com cautela, mas não devem substituir o toque humano

Em um mundo saturado de informações, websites e aplicativos com interfaces simples se destacando por facilitar a compreensão e o uso, isso permite que usuários atinjam seus objetivos de forma rápida e sem frustrações. Nesse cenário, o design digital com foco em User Experience –  também conhecido como UX ou experiência do usuário – ganha força, visto que a concorrência no mercado online cresce cada vez mais.

Com isso, estar antenado às tendências de UX em 2025 pode ser o primeiro passo não só para profissionais se consolidarem nesse mercado, mas também para as empresas se posicionarem estrategicamente. Segundo a Toptal Designers, 88% dos usuários se tornam menos propensos a retornar a um site depois de uma experiência negativa nele.

Rodolpho Henrique, líder de design digital focado em experiências e serviços interativos, que atua no Google e já foi diretor de design na McKinsey & Company, responde algumas perguntas sobre as tendências de UX design para 2025, mostrando quais os caminhos que o design digital pode percorrer no futuro.

Quais são as principais tendências de UX que você prevê para 2025, e como elas vão impactar a experiência dos usuários?

RH: Dentre as tendências que vejo ganhando força neste momento, estas são as cinco que mais podem crescer em 2025:

  • Acessibilidade e inclusão: A acessibilidade será um pilar central do design em 2025. O design inclusivo, que considera as necessidades de pessoas com diferentes habilidades, incluindo deficiências visuais, auditivas, motoras e cognitivas, será essencial para criar interfaces e experiências verdadeiramente usáveis por todos.
  • Hiperpersonalização: Experiências digitais personalizadas serão a norma em 2025, com sites e aplicativos adaptando-se às suas preferências individuais, aprendendo com seu comportamento e oferecendo conteúdo e funcionalidades relevantes, proporcionando uma UX mais intuitiva, eficiente e agradável.
  • Mais foco nos fundamentos e menos nas ferramentas: Embora recursos como inteligência artificial, modelos, templates e ferramentas possam ser úteis, eles não devem substituir consideração cuidadosa e uma perspectiva distinta dos seus usuários. Se você perceber que está se concentrando mais em utilizar templates, abordagens, e frameworks externos em vez de realmente entender seus usuários e seus requisitos de negócio e mercado, é necessário reavaliar sua abordagem.
  • Interfaces de inteligência artificial migrando de comandos para conversas: Sai de cena a interação por comandos específicos e entra a era das conversas naturais com assistentes virtuais. A IA agora entende linguagem natural e nuances, respondendo a perguntas complexas e realizando tarefas mais complexas.
  • Simplicidade é fundamental: A simplicidade torna a experiência mais agradável, reduzindo a curva de aprendizado e minimizando erros. As interfaces simples também são mais acessíveis e contribuem para a satisfação do usuário, aumentando a probabilidade de uso contínuo e recomendações. Priorizar a simplicidade é fundamental para o sucesso de qualquer produto ou serviço digital, garantindo uma experiência agradável e eficiente para todos os usuários.

Como as inovações em tecnologias emergentes, como IA e realidade aumentada, estão moldando o campo de UX?

RH: A IA e a realidade aumentada permitem que designers criem experiências digitais mais personalizadas, intuitivas e acessíveis para os seus usuários de maneira que o relacionamento com marcas e serviços seja cada vez mais envolvente.

A realidade aumentada por exemplo, traz novas formas de interação com a tecnologia para diferentes indústrias, indo além das telas touchscreens e passando a utilizar gestos, voz e olhar para controlar interfaces digitais. No varejo, por exemplo, vemos a experimentação virtual de roupas e visualização de móveis em casa antes da compra. Já no setor da educação, as pessoas podem interagir com livros didáticos interativos e simulações realistas de ambientes e objetos.

A inteligência artificial tem impactado as ferramentas que utilizamos e como as experiências são vivenciadas pelas pessoas. Exemplos como um aplicativo tradutor que utiliza IA para traduzir textos e voz em tempo real, facilitando a comunicação entre pessoas que falam diferentes idiomas, ou serviços de streaming que analisam automaticamente o histórico de visualização e preferências de cada usuário, recomendando filmes e séries personalizadas. Isso aumenta o engajamento e a satisfação do usuário.

Como o papel do designer de UX está evoluindo com essas novas tendências?

RH: O papel do UX designer está se tornando mais complexo, estratégico e multidisciplinar, impulsionado por avanços tecnológicos e mudanças nas expectativas dos usuários.  As novas tendências exigem que os designers de UX expandam suas habilidades e adaptem suas abordagens para criar experiências digitais inovadoras, eficazes e éticas.

As novas ferramentas devem ser utilizadas com cautela para auxiliar e acelerar processos técnicos e repetitivos, mas não devem substituir o toque humano. Os designers precisam se familiarizar com as ferramentas e técnicas de IA para automatizar tarefas, personalizar experiências e analisar dados de usuário em grande escala.

Com esse avanço de tecnologias e abordagens, o designer UX precisa cada vez mais focar na colaboração interdisciplinar, compreensão do comportamento do usuário em constante mudança e ênfase na ética e responsabilidade.

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