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54% dos profissionais buscam novo emprego em 2025

Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul / Foto: Divulgação
Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul / Foto: Divulgação

69% dos empregados gostariam de trocar de empresa enquanto 31% desejam uma mudança de carreira

A chegada de um novo ano costuma trazer um senso renovado de propósito, estimulando reflexões e motivando as pessoas a reconsiderarem seus objetivos para o próximo ciclo, especialmente em contextos de mercado de trabalho aquecido. Essa tendência se confirma nos dados do último Índice de Confiança Robert Half (ICRH), que revela que 54% dos profissionais planejam trocar de emprego em 2025, o que representa um aumento de quatro pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

As seguidas quedas nas taxas de desemprego, especialmente entre os profissionais qualificados, aqueles a partir de 25 anos e com ensino superior completo, proporcionaram maior protagonismo aos trabalhadores em suas relações profissionais. Segundo dados da Pnad do terceiro trimestre, o índice de desemprego para essa parcela da população foi de 3,0% no quarto trimestre de 2024, o menor desde 2015.

“Explorar novas oportunidades e perseguir a satisfação profissional será sempre visto como algo positivo, sem dúvida. Porém, é preciso ter uma visão estratégica da carreira, pois profissionais que mudam frequentemente de emprego sem justificativas convincentes podem ser mal interpretados pelo mercado. O ambiente corporativo está evoluindo e, mais importante que a duração em cada posição, é demonstrar o crescimento e as realizações obtidas em cada etapa”, orienta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

O que incentiva a busca por novos ares

Desde o fim da pandemia, principalmente, observa-se uma tendência expressiva de profissionais procurando novas posições que melhor se ajustem aos seus valores, objetivos e momentos de vida.

A pesquisa também identificou a motivação da transição entre aqueles que indicaram a busca ativa por novas oportunidades: 69% dos respondentes manifestaram interesse em mudar de organização, mantendo sua área profissional (crescimento de cinco pontos percentuais comparado a janeiro de 2024), enquanto 31% desejavam explorar um novo ramo, segmento ou carreira.

Principais motivos para a mudança

Mudança de empresa Mudança de área de atuação, segmento ou profissão
Melhores oportunidades de crescimento Realização pessoal
Salário mais alto Qualidade de vida
Novos desafios Salário mais alto
Benefícios mais atrativos Aprender algo novo
Melhor equilíbrio entre profissional e pessoal Mais flexibilidade

(Fonte: 30ª edição do Índice de Confiança Robert Half)

O que influencia a retenção de talentos

Na visão de Fernando Mantovani, para se manter competitivas nesse cenário, o desafio é diário, e as empresas devem investir em políticas claras de trabalho, na transparência das lideranças, além de bons pacotes de benefícios e remuneração, condizentes com as médias praticadas pelo mercado, que podem ser consultadas no Guia Salarial 2025 da Robert Half.

A pesquisa também apontou a motivação daqueles que querem se manter no emprego:

Fatores que favorecem a permanência na empresa atual (os cinco mais votados)

Benefícios e remuneração 56%
Flexibilidade no modelo de trabalho 32%
Ambiente de trabalho e cultura organizacional 32%
Equilíbrio entre vida pessoal e profissional 27%
Oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional 27%

(Fonte: 30ª edição do Índice de Confiança Robert Half)

“O panorama é favorável para os profissionais sintonizados com as exigências atuais das organizações, que concorrem de forma acirrada pelos melhores talentos do mercado. Tendo em vista que o capital humano constitui o recurso mais valioso de uma empresa, sugiro às lideranças a adoção de uma visão estratégica para evitar reconhecer colaboradores essenciais apenas quando estiverem prestes a sair”, conclui Mantovani.

30ª edição do ICRH é resultado de uma pesquisa conduzida em novembro de 2024. A sondagem considera a mão de obra qualificada, composta por 1.161 trabalhadores a partir de 25 anos com ensino superior completo. Os entrevistados foram divididos em três categorias: profissionais responsáveis pelo recrutamento nas empresas, profissionais com emprego e profissionais sem emprego.

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