Estudo ouviu 808 pais sobre a educação financeira na infância
De acordo com a pesquisa “Finanças para os Filhos: Dinheiro é Coisa de Adulto?” realizada pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, 61% dos pais não dão mesada aos filhos. Em contrapartida, oito em cada 10 pais dizem dialogar sobre a importância da educação financeira com os pequenos. Para chegar aos resultados, os pesquisadores fizeram entrevistas online com 808 pais e mães de todas as classes sociais, em setembro de 2023. A educadora financeira Aline Soaper ressalta que a mesada pode ser uma ferramenta para a criança desenvolver a consciência financeira desde cedo.
“No curto prazo, as crianças se tornam mais conscientes no uso do dinheiro, compreendem melhor a importância de cuidar dos recursos que possuem e reduzem os pedidos para comprar tudo o que desejam. A médio prazo essa criança aprende a poupar e se interessa em aprender a gerar dinheiro e no longo prazo será um adulto muito mais saudável financeiramente”, explica a educadora financeira, Aline Soaper.
Ainda segundo a pesquisa, 39% dos pais brasileiros têm o hábito de dar mesada. Dentre eles, o costume é maior para filhos na faixa de idade de 6 a 11 anos. Vale ressaltar que a maioria dá menos de R$ 100. Os principais destinos da mesada são: comprar lanche na escola e ensinar a criança a guardar para o futuro. Para Aline Soaper, educar e formar uma pessoa capaz de gerenciar seu próprio dinheiro de forma consciente na fase adulta é uma missão dos pais, que deve começar ainda na infância.
“Os pais são referência para os filhos, tanto por bons hábitos como por maus hábitos. Por isso, é importante que as famílias busquem aprender a fazer uma boa gestão financeira pessoal e mostre aos filhos como fazer boas escolhas. A educação financeira está sendo incluída dentro na grade escolar o que é um excelente movimento e trará grandes transformações, no entanto, a família continuará sendo a primeira experiência que a criança tem com o mundo, essa forma de lidar com o dinheiro deixará registros por toda a vida”, ressalta Aline.