7 expressões etaristas que precisam sair do vocabulário corporativo

Mórris Litvak, fundador e CEO da Maturi / Foto: Divulgação
Mórris Litvak, fundador e CEO da Maturi / Foto: Divulgação

Com crescimento da população 50+ no mercado, especialista destaca a necessidade de combater estereótipos linguísticos e promover um ambiente diverso

Segundo o IBGE, até 2040, um em cada três brasileiros terá mais de 60 anos. Ao mesmo tempo, a maturidade tem se revelado um período de alta produtividade e inovação que se mantém ao longo da vida: mais de 25% dos negócios no país são liderados por pessoas com mais de 50 anos, de acordo com o Sebrae. Em um cenário de crescimento da atuação dos profissionais 50+ no mercado de trabalho, expressões cotidianas carregadas de preconceito etário ainda persistem no vocabulário corporativo. 

“O etarismo é estrutural e se manifesta no mundo corporativo, assim como em outros locais da sociedade. A linguagem é uma das formas mais evidentes de preconceito disfarçado, e precisamos eliminá-la se quisermos um ambiente verdadeiramente inclusivo”, analisa Mórris Litvak, fundador e CEO da Maturi, principal empresa nacional especializada em empregabilidade, desenvolvimento e capacitação de profissionais com mais de 50 anos. 

O especialista também afirma que para promover um ambiente corporativo mais inclusivo, é fundamental revisar e atualizar a linguagem do dia a dia, substituindo expressões que reforçam estereótipos por termos que valorizem todas as idades.

Pensando nisso, Mórris Litvak destaca 7 expressões que devem ser abandonadas no ambiente profissional. Confira! 

1 – “Você não tem mais idade para isso”

Comum em contextos de aprendizado, tecnologia ou reinvenção, essa frase pressupõe que a capacidade de inovar ou se adaptar termina em determinada fase da vida, o que é falso. Pessoas maduras continuam aprendendo, se reinventando e acompanhando tendências.

2 – “Cargo de velho”

A frase sugere que certas funções são destinadas apenas a pessoas mais velhas, muitas vezes com conotação negativa. Toda posição tem valor e deve ser ocupada com base em competências, não em idade.

3 – “Tá esquecido por causa da idade”

O esquecimento é parte natural da vida – e não exclusivo da maturidade. A mesma falta de memória em um jovem raramente é atribuída à idade. Essa generalização reforça um estereótipo equivocado e reducionista sobre as capacidades cognitivas dos mais velhos.

4 – “Você não aparenta ter essa idade”

Embora pareça elogio, o comentário reforça a ideia de que envelhecer é algo indesejável. Por trás da frase, está a noção de que a aparência jovem é superior e que o envelhecimento deve ser disfarçado. 

5 – “Depois de uma certa idade…”

Essa expressão genérica cria divisões artificiais baseadas na idade, como se houvesse um ponto de corte em que o valor de uma pessoa mudasse. 

6 – “Ele não entende disso, já está velho”

Tecnologia, redes sociais e inovação não têm faixa etária. Assumir que uma pessoa madura não domina certos temas revela uma percepção limitada da realidade e ignora milhares de profissionais experientes que lideram projetos de transformação digital no país.

7 – “Ai, que comentário de velho”

A expressão reduz opiniões ou visões de mundo ao fator idade, desqualificando contribuições importantes com base em estereótipos. O respeito à diversidade etária também passa por respeitar diferentes formas de expressão.

A Maturi, fundada em 2015, atua justamente para quebrar essas barreiras. Com uma comunidade de mais de 270 mil profissionais 50+ e parcerias com empresas como Bradesco, TIM, Nestlé, O Boticário e Johnson & Johnson, a organização oferece vagas exclusivas, capacitação, certificações e iniciativas para promover a diversidade etária como diferencial competitivo.

“O combate ao etarismo precisa ir além das contratações. É preciso rever processos, culturas e principalmente linguagens, que muitas vezes, bloqueiam o potencial de talentos experientes”, reforça Litvak.

MaturiFest 2025: inclusão e protagonismo 50+

Esse debate é tão urgente que será um dos pilares do MaturiFest 2025, maior festival de trabalho e empreendedorismo 50+ da América Latina. Em sua 8ª edição, o evento acontece de 21 a 23 de agosto de 2025, na UNIP Paraíso, em São Paulo, em formato híbrido.

Promovido pela Maturi em parceria com o Ministério da Cultura, o encontro reunirá nomes como Ana Paula Padrão, Nany People, Dr Alexandre Kalache e Caito Maia, além de painéis, oficinas e palestras sobre temas como reinvenção de carreira, metodologias ágeis, inteligência artificial, marketing digital, finanças, storytelling e muito mais.

Para fomentar o empreendedorismo maduro, o evento contará com o Acelera Maturi, concurso de startups 50+, com pitchs ao vivo e premiação de R$ 10 mil, além de três meses de mentoria com a Maturi para o projeto vencedor.

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