8 em cada 10 empresas pagam mais por habilidades especializadas

Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul/ Foto: Divulgação
Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul/ Foto: Divulgação

Organizações reforçam estratégias de remuneração e definem faixas salariais com base em benchmarks internos e guias disponíveis online

Em um cenário de rápidas mudanças tecnológicas e crescente competição por talentos com alta qualificação, as empresas brasileiras estão reformulando suas estratégias de remuneração. O cenário é de maior valorização de competências técnicas e estratégicas: 83% dos empregadores estão mais propensos a oferecer salários maiores a profissionais com habilidades especializadas, e 89% definem faixas salariais com base em benchmarks internos e guias disponíveis online.

A pesquisa, conduzida com 500 gestores de contratação e 1.000 profissionais em diferentes regiões do Brasil, compõe a edição de 2026 do Guia Salarial da Robert Half e indica que a transformação digital e a escassez de atributos especializados estão redefinindo as expectativas salariais e os modelos de negociação.

“O mercado de trabalho brasileiro vive um momento de amadurecimento nas relações entre empresas e profissionais. As organizações estão cada vez mais atentas à importância de alinhar remuneração, propósito e oportunidades de desenvolvimento para garantir a retenção de talentos”, afirma Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

Entre as competências que garantem salários acima da média, o Guia Salarial 2026 destaca:

  • Inteligência Artificial (IA)
  • Análise de dados
  • Desenvolvimento de Software e Aplicações
  • Idiomas
  • Conhecimento sobre a Reforma Tributária

Segundo o estudo, 67% dos trabalhadores acreditam que permanecer na companhia atual pode resultar em remunerações mais altas em 2026, enquanto 74% afirmam ter recebido aumento na última troca de emprego. O contraste reforça o dilema entre lealdade, estabilidade e ganho imediato, e alerta o mercado sobre a importância de oferecer planos de carreira claros e estruturados.

Outro dado relevante mostra que 63% dos profissionais se sentem confiantes para negociar um salário melhor em 2026, mas 50% apontam o medo de perder a oferta e a quebra de confiança como os principais desafios nas negociações.

“A transparência salarial e o reconhecimento de competências técnicas e comportamentais serão diferenciais estratégicos em 2026. Quem conseguir combinar clareza nas políticas de remuneração com oportunidades reais de crescimento sairá à frente na disputa pelos melhores profissionais, tanto na atração quanto na retenção”, complementa Mantovani.

O Guia Salarial Robert Half 2026 apresenta as faixas de remuneração de mais de 300 cargos em diferentes setores da economia, além de análises exclusivas sobre tendências de contratação, novas habilidades em alta e perspectivas de crescimento para o próximo ano.

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