Confira artigo de Felippe Pires, CEO Louro Tech, plataforma de gestão online para o mercado financeiro
Em um mercado financeiro cada vez mais competitivo e regulado, assessorias de investimento enfrentam um dilema: como crescer e fidelizar clientes enquanto lidam com uma avalanche de dados e um cenário regulatório mais rígido? O Brasil encerrou 2024 com 26.681 assessores de investimento, um crescimento de 7% em relação a 2023, segundo a Ancord. No entanto, especialistas alertam que o aumento da concorrência, a complexidade das operações e a dificuldade de oferecer um atendimento personalizado têm gerado uma crise silenciosa no setor.
O crescimento no número de assessores não significa que todos terão sucesso. Muitos estão lutando para se diferenciar e manter clientes engajados em meio a uma enxurrada de informações e exigências regulatórias cada vez mais severas. A grande questão é: como uma assessoria pode competir e escalar seus negócios sem perder eficiência ou qualidade no atendimento?
A resposta pode estar na tecnologia. Um levantamento da Accenture aponta que 80% das firmas de serviços financeiros acreditam que a IA será essencial para a diferenciação competitiva nos próximos três anos. O uso de inteligência artificial e automação pode ajudar as assessorias a processar grandes volumes de dados, prever comportamentos de clientes e até identificar oportunidades de negócio antes da concorrência.
Para quem ainda acredita ser algo distante, engana-se: hoje já é possível enxergar a tecnologia como um meio para transformar o trabalho dos assessores ao construir relacionamentos estratégicos e antecipar demandas dos clientes, por meio de uma plataforma que combina inteligência artificial, CRM e análise de dados para otimizar a produtividade e aumentar a retenção de clientes.
Os assessores precisam ser mais do que vendedores de produtos financeiros. Precisam construir relacionamentos estratégicos, antecipar demandas e entender o cliente de forma personalizada. Isso só é possível com tecnologia.
O cliente moderno espera um atendimento ágil e preciso. Se uma assessoria não conseguir fornecer isso, ele vai buscar quem consiga”. Hoje, com a inteligência artificial é possível identificar riscos de evasão de clientes e prever quais produtos financeiros podem ser mais interessantes para cada perfil. Com isso, as assessorias conseguem não apenas aumentar suas margens de lucro, mas também melhorar a experiência do cliente.
Com a crescente regulação do setor financeiro e a digitalização acelerada dos serviços, o papel do assessor de investimentos está se transformando. Profissionais que antes dependiam de planilhas e interações manuais agora precisam adotar soluções automatizadas para acompanhar a evolução do mercado. E aqueles que não se adaptarem podem perder relevância.
O futuro da assessoria de investimentos pode não ser apenas sobre oferecer bons produtos, mas sim sobre quem consegue entregar mais valor, de forma inteligente e personalizada. No meio dessa “crise” silenciosa, a tecnologia pode não ser apenas um diferencial – pode ser a única saída.