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A relevância das coberturas adicionais no transporte de cargas: segurança para o agronegócio brasileiro

Marcos Gollin, diretor de RE e novos negócios da Conduta Plus / Foto: Divulgação
Marcos Gollin, diretor de RE e novos negócios da Conduta Plus / Foto: Divulgação

Com 80% da carteira voltada para o agro, Conduta Plus destaca importância das coberturas e cláusulas adicionais no transporte de café e outras commodities

A Conduta Plus, corretora e consultoria de seguros com atuação nacional e internacional, chega ao seu primeiro ano de atuação destacando o agro como um dos principais impulsionadores da carteira de transporte de cargas rodoviário. Atualmente, 60% dos clientes são transportadores (RCTR-C E RC-DC) , enquanto 40% de embarcadores (TN) compõem os segurados. Dentro deste cenário, o café se destaca como a principal commodity transportada, representando 70% do volume, seguido por milho, soja e fertilizantes, que juntos somam os outros 30%.

O Brasil é o principal produtor e exportador de café do mundo, movimentando cerca de R$ 7 bilhões somente na produção, conforme dados da Fundação Procafé. Embora os números da produção brasileira para 2024/2025 tenham sido revisados para baixo devido às temperaturas acima da média e ao período de seca no final do ano passado, a exportação acima do esperado ajudou a esvaziar armazéns e a reduzir os estoques, mantendo o setor de transporte de cargas aquecido.

“O café é um tipo de carga sensível, de alto valor agregado e que requer apólices com condições diferenciadas, coberturas adicionais e cláusulas particulares para resguardar o cliente de uma intercorrência na operação de transporte. É preciso conhecer a operação em detalhes para avaliar os riscos, levando em conta os diversos fatores que podem comprometer a integridade da mercadoria”, explica Marcos Gollin, diretor de RE e novos negócios da Conduta Plus.

Ele diz, ainda, que mesmo com o aumento do roubo de cargas em rodovias, o gerenciamento de riscos para transporte de grãos é bem eficiente, o que tem resultado em baixa sinistralidade para os clientes da corretora, graças ao uso de tecnologias avançadas de monitoramento e rastreamento e a adoção de outras práticas em conjunto com os clientes, Seguradoras e Gerenciadoras de Risco.

O transporte de exportação envolve uma série de desafios que exigem um planejamento cuidadoso e a adoção de medidas de segurança adequadas. Ao investir em tecnologia, em parcerias estratégicas e no treinamento de colaboradores, as empresas podem minimizar os riscos e garantir a entrega segura de seus produtos aos mercados internacionais. “A escolha de parceiros confiáveis e com expertise no segmento é fundamental para garantir a eficiência e a segurança da operação”, ressalta Gollin.

No entanto, acidentes, panes mecânicas e falhas humanas podem acontecer durante a movimentação rodoviária das mercadorias, gerando riscos para os produtores, para as seguradoras e até mesmo resultar em quebra de contratos de exportação.

Dentre as diversas peculiaridades relacionadas ao seguro de transportes, em especial de café, Gollin destaca algumas coberturas e cláusulas particulares que devem constar na apólice do transportador ou embarcador, considerando as variáveis que fazem parte do processo do início até o final da operação.

Uma delas é o Valor Garantido de Venda/Contrato Futuro, que garante o cálculo da indenização sobre o valor de venda da mercadoria, por embarque e de acordo com o valor transportado. Gollin destaca que, devido ao gargalo logístico dos portos, é comum que haja atrasos dos navios para receber os contêineres entregues pelos caminhões. “O porto só recebe as mercadorias quando o navio está atracado, tornando necessário o descarregamento da carga em armazéns ou depósitos, em processo de pré-stacking, por um período pré-determinado”. A operação só é finalizada após a entrega da mercadoria no porto ou destino destacado no documento fiscal, portanto, essa cobertura particular é essencial para proteger a carga.

Perspectivas para o segundo semestre

A exportação brasileira de café totalizou 3,774 milhões de sacas de 60 kg em julho deste ano e registrou um aumento de 26% em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

“As boas safras, a homogeneidade do mercado e até mesmo a produção de cafés diferenciados para exportação, que são os de qualidade superior ou certificados por práticas sustentáveis, são fatores que têm colaborado para o aumento do volume de exportações, impactando positivamente a contratação do seguro transporte, que deve seguir avançando até o final do ano”, finaliza Gollin.

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