Com segundo corte consecutivo na taxa básica de juros e previsão de redução contínua em 2024, especialista sugere os caminhos a seguir com a renda passiva
Nos últimos meses, a Selic, que representa a taxa básica de juros da economia brasileira, vem preocupando ainda mais os investidores e poupadores do país. Isso porque o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu, consecutivamente, em agosto e setembro, o juro base em 0,5%. Com isso, a taxa atingiu 12,75%, seu menor nível desde junho de 2022. E a previsão dos economistas é que essa redução continue em 2024.
Segundo Pedro Sant’Anna, COO da Allu Invest, área financeira da startup de assinatura de eletrônicos Allu, com a Selic em patamares elevados, os investimentos de renda fixa, como CDBs e títulos públicos, são bastante otimistas. No entanto, com a queda e a redução dos juros, é preciso avaliar o caminho e as alternativas para retornos mais atrativos. “O momento destaca a importância de olhar para outras formas de investimento e não se prender em apenas uma estratégia. A diversificação é a pedra angular de qualquer plano de investimento bem-sucedido. Por isso, é essencial avaliar, cuidadosamente, as opções disponíveis e escolher aquelas que se alinham com seus objetivos financeiros e tolerância ao risco”, explica.
Mas como investir em renda passiva assertivamente?
O especialista indica 6 ativos. Veja:
1. Fundos Imobiliários (FIIs)
Os Fundos Imobiliários se destacam como uma opção interessante em um ambiente de queda da Selic. Eles oferecem a possibilidade de investir no mercado imobiliário, recebendo aluguéis e ganhando com a valorização dos imóveis. Além disso, a distribuição periódica de rendimentos é um atrativo adicional.
2. Ações
Investir em ações pode ser uma alternativa para quem busca retornos mais expressivos. Com a Selic em queda, muitos investidores têm migrado parte de seus recursos para o mercado de ações em busca de maiores ganhos. No entanto, é importante lembrar que a volatilidade é maior neste ativo, o que exige uma estratégia de investimento bem definida.
3. Tesouro Direto com títulos atrelados à inflação
Neste cenário, os títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação (Tesouro IPCA+) se tornam mais atraentes. Eles oferecem proteção contra a desvalorização do poder de compra, uma vez que seus rendimentos estão vinculados à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais uma taxa de juros real.
4. Debêntures e crédito privado:
Para investidores dispostos a assumir um pouco mais de risco por um retorno melhor, as debêntures e investimentos em crédito privado podem ser uma opção interessante. Esses investimentos oferecem a oportunidade de receber juros mais elevados do que os disponíveis em títulos de renda fixa tradicionais.
5. Fundos Multimercado
Os Fundos Multimercado são conhecidos por sua diversificação e flexibilidade. Eles têm a capacidade de investir em diferentes classes de ativos, como ações, títulos, moedas e commodities, adaptando-se a diferentes cenários econômicos.
6. Investimentos no exterior
Considerar investimentos no exterior, como ações de empresas estrangeiras, fundos internacionais e até mesmo imóveis em outros países, pode ser uma estratégia para diversificar seus ativos e buscar oportunidades em mercados com características diferentes.
Com a queda da taxa Selic, é fundamental que os investidores revejam suas estratégias e estejam abertos a explorar alternativas. Cada investimento possui seu próprio conjunto de especificidades e retornos, e a escolha dependerá das metas financeiras individuais, tolerância ao risco e horizonte de investimento. Diversificar sua carteira com uma combinação de investimentos pode ser a chave para enfrentar com sucesso o desafio de obter retornos atrativos em um cenário de taxas de juros mais baixas.