Com presença do regulador, escrituradoras e instituições financeiras, evento aprofundou o tema na tarde desta quarta-feira (2)
Com o objetivo de esclarecer ao mercado financeiro o funcionamento da duplicata escritural, a ABBC (Associação Brasileira de Bancos) promoveu um encontro entre as escrituradoras e instituições financeiras, com a presenca do Banco Central. O evento ocorreu nesta quarta-feira (2), no auditório do Banco Central (BC), em São Paulo e aprofundou o debate sobre os principais pilares do tema, desde a publicação da convenção até a infraestrutura, passando ainda pelos desafios dos financiadores e a evolução dos modelos de liquidação.
O evento foi aberto pelo diretor de Regulação do Banco Central do Brasil, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, que trouxe a visão da autarquia sobre o avanço regulatório que viabiliza esse novo ecossistema. No calendário do BC, está previsto que a duplicata escritural entrará em testes homologatórios em 2025 e sua operação assistida se iniciará em 2026. A expectativa é de que o novo título seja amplamente utilizado no varejo e setor de serviços para formalizar vendas a prazo.
Na ocasião, a ABBC também apresentou uma iniciativa estratégica que está em desenvolvimento com suas associadas: o HUB ABBC da duplicata escritural, solução voltada ao fortalecimento da infraestrutura do sistema financeiro. O HUB pretende integrar, em uma única plataforma, diversas escrituradoras, buscando facilitar e otimizar o processo junto às instituições financeiras.
“Acreditamos que a duplicata escritural não representa apenas uma atualização normativa. Ela inaugura uma nova forma de financiar o Brasil que produz, inova e empreende. A ABBC está aqui para liderar essa mudança — conectando, orientando e entregando soluções que fortalecem nossos associados e impulsionam o futuro do crédito no país”, destacou o CEO da ABBC, Leandro Vilain.

Para o diretor de Inovação e Serviços da Associação, Euricion Murari, o HUB proposto pela ABBC demonstra que a entidade está atenta aos impactos e aos esforços exigidos de seus associados. “Buscamos criar essa iniciativa para facilitar a conectividade, reduzir custos operacionais e ampliar a inclusão de todos os participantes, o que contribui para um ecossistema financeiro mais eficiente, competitivo e acessível”, comentou.

Também participaram do encontro representantes da B3, Central de Recebíveis (CERC), Central de Registros de Direitos Creditórios (CRDC), Quick Soft, Núclea e diversas instituições financeiras.