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ACSP: Confiança do consumidor recua no mês de janeiro

Coface prevê crescimento de 2,2% na economia global, puxada por emergentes como o Brasil / Foto: Pixabay
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Essa piora do INC resultou em diminuição da disposição a comprar itens de maior valor, redução da intenção de adquirir bens duráveis, e menor propensão para investir

O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, alcançou, em janeiro, 102 pontos, registrando uma queda de 1,0% em relação a dezembro e 2,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Apesar da contração mensal observada no INC, o indicador continua se mantendo no campo otimista (acima de 100 pontos). A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias, a nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.

Em termos regionais, os resultados foram heterogêneos: houve estabilidade na confiança nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, quedas no Norte e Sudeste, e aumento no Sul. Entre as classes socioeconômicas, os resultados também foram variados, com recuos no índice para as famílias das classes AB e C, enquanto as da classe DE apresentaram crescimento.

A percepção das famílias sobre sua situação financeira atual se deteriorou, com uma piora ainda mais acentuada nas expectativas futuras em relação à renda e ao emprego. Além disso, foi observada uma leve redução na segurança no emprego.

Essa queda generalizada da confiança impactou negativamente na diminuição da disposição para comprar itens de maior valor, como carro e casa, redução da intenção de adquirir bens duráveis, como geladeira e fogão, e uma menor propensão para investir.

Em síntese, o INC de janeiro mostrou recuo tanto na comparação mensal como na interanual, mas manteve-se no campo otimista.

Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, “os sinais de desaceleração da atividade econômica, evidenciados pela redução na criação de empregos, somados à aceleração da inflação — especialmente no que diz respeito ao aumento dos preços de itens essenciais como alimentos e bebidas, — ocorrem em um cenário de alto endividamento das famílias e juros elevados. Esses fatores tendem a deixar o consumidor mais cauteloso em suas decisões de compra”, completa Ruiz de Gamboa.

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