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ACSP entrega para Hugo Motta manifesto contra o PL 1.087/2025P

Foto por: Joakim Honkasalo/ Unsplash Images
Foto por: Joakim Honkasalo/ Unsplash Images

Encontro foi realizado no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados

Na quarta-feira (11), o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Roberto Mateus Ordine, esteve em Brasília para entregar ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB), o manifesto “Isenção Gera Apreensão”, documento assinado pela Associação Comercial de São Paulo em conjunto com outras dezesseis entidades empresariais, no qual expressam suas preocupações com o PL 1.087/2025, que altera a legislação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para elevar o limite de isenção.

No encontro, Ordine explicou os impactos do projeto, tais como riscos fiscais e institucionais, perda de arrecadação para os entes federativos, insegurança jurídica e discriminação entre contribuintes. Motta mostrou-se favorável à manifestação e providenciará uma reunião com o relator da matéria, Arthur Lira (PP/AL).

“Manifestamos nossa preocupação com as empresas e a insegurança dos investidores neste momento”, declarou Ordine. “Chega de impostos e menos gastos do governo”.

Confira abaixo o manifesto!

Isenção gera apreensão

As entidades, abaixo relacionadas, tomam a liberdade de levar a Vossa Excelência suas preocupações sobre o PL nº 1.087, de 2025, que altera a legislação do IRPF para elevar o limite de isenção, e dá outras providências. Não se discute o mérito visado pelo projeto, mas a proposta que se acha em tramitação no Congresso apresenta inconvenientes e riscos para a Sociedade e para o Estado.

Ponderam também sobre a conveniência de se discutir mudança dessa natureza em período de instabilidade e incerteza, tanto no cenário doméstico, como no internacional. Lembram que a regulamentação da reforma tributária do consumo ainda não foi concluída e terá implicações não suficientemente claras para todos.

A Emenda Constitucional nº 132, que dispõe sobre aquela reforma, prevê a criação de quatro fundos, que deverão ser financiados pela União, cuja fonte principal de receita é o imposto de renda.

Dentre os inconvenientes do PL destaca-se a complexa burocracia criada, a introdução de conceitos controversos, como “alíquota efetiva”, que gerarão dificuldades burocráticas para todos os contribuintes, mormente os optantes do SIMPLES e do Lucro Presumido.

A criação do Imposto de Renda da Pessoa Física Mínimo-IRPFM gerará insegurança, pois, além de sua complexidade, pode afetar situações consolidadas e estabelecer situações de discriminação entre os contribuintes.

Ressalte-se que, como o IRPF retido na fonte constitui receita própria dos Estados e Municípios, haverá inevitavelmente perda de arrecadação desses entes federativos, o que fundamentará demandas de compensação à União, cujo atendimento resultará em aumento significativo na tributação sobre a renda.

A tributação de dividendos, sem redução do imposto na pessoa jurídica, implica elevação da carga tributária, prejudica os investimentos internos e externos, podendo acarretar, inclusive, saída de empresas de capital estrangeiro do País.

Isto posto, as entidades signatárias deste manifesto consideram que a melhor forma para atingir ao objetivo visado pelo PL nº 1.087, de 2025, é p corte de gastos e benefícios fiscais em montante equivalente para compensar a perda de arrecadação decorrente da pretendida elevação do limite de isenção do IRPF.

Assinam as entidades representativas da sociedade civil organizada:

CACB – Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil;

FACESP – Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo;

ACSP – Associação Comercial de São Paulo;

AFRAC – Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços;

CEBRASSSE – Central Brasileira do Setor de Serviços;

SINCOMAVI – Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismo, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo;

ALOBRAS – Associação dos Lojistas do Brás;

SECOVI-SP – Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo;

CERVBRASIL – Associação Brasileira da Indústria da Cerveja;

ABIS – Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes;

PAGOS – Associação de Gestão de Meios de Pagamentos Eletrônicos;

ABRASEL SP – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes;

CRECI – SP – Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo;

SINDHOSP – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Estado de São Paulo;

SINCOR-SP – Sindicato de Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição de Todos os Ramos de Seguros, Resseguros e Capitalização do Estado de São Paulo;

SESCON-SP – Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo;

AESCON – Associação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo.

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