Adoção de agentes de IA é tendência global para inovação em seguros

Rafael Rodrigues, General Manager Latam do InsureMO 3b
Rafael Rodrigues, General Manager Latam do InsureMO 3b

Confira artigo de Rafael Rodrigues, General Manager Latam do InsureMO (Insurance Middle Office)

O mercado de seguros vive hoje a maior transformação digital de sua história, desde o advento da internet. A bola da vez é a inteligência artificial (IA), especificamente a GenAI (inteligência artificial generativa) e a Agentic AI (agente de inteligência artificial). Ambas representam uma evolução significativa. A primeira envolve a criação de novos conteúdos com base nos dados que processa; enquanto a segunda é voltada para a automação e execução de fluxos de trabalho completos, com autonomia e capacidade de tomar decisões.

Um estudo recente da Celent – empresa líder em pesquisa e consultoria com experiência em tecnologia para instituições financeiras em todo o mundo – aponta que 60% das empresas já estão explorando casos de uso nessas áreas, sendo que 22% delas deve colocar algo em produção a partir desses agentes já em 2026.

Esses números confirmam a percepção do mercado quanto a enorme capacidade da IA em transformar todos os processos de seguros, trazendo eficiência, consistência e automação em toda a cadeia de valor. As duas tecnologias estão se consolidando rapidamente como o novo tema central de debate, representando o próximo estágio de evolução nas aplicações de inteligência artificial.

As principais aplicações estão nas áreas de vendas, onde agentes de IA ajudam ou substituem operadores humanos, levando a experiências mais eficientes, consistentes e centradas no cliente; na subscrição, especialmente para a tomada de decisão automatizada e rica em dados para uma avaliação de risco mais informada e eficiente; e em sinistros, o que permite uma automação de ponta a ponta e a racionalização para conformidade e pagamento em uma única interação com o cliente.

Com base em todo esse cenário, não tenho dúvidas em afirmar que sistemas monolíticos são o ‘gargalo da inovação’, porque foram projetados para processos conduzidos 100% por humanos. Esse modelo de arquitetura legada ficou no passado e é totalmente inadequado para as demandas dinâmicas das operações futuras orientadas por IA, principalmente por conta da sua infraestrutura muito rígida e desatualizada.

Essa opinião é compartilhada por Satya Nadella, CEO da Microsoft, que previu que os avanços da IA ​​em breve levarão à “morte” do SaaS como o conhecemos hoje. Essa declaração fez com que diversas empresas reconsiderassem seus modelos de negócios, estratégias operacionais e abordagens de TI e passarem a se preparar para esse futuro que se aproxima rapidamente. Sim, porque o que antes levava meses para implantação, agora com auxílio da inteligência artificial leva semanas ou poucos dias

Por isso, tudo faço um apelo às seguradoras: ao invés de investir em novos monolitos, reimaginem os processos redesenhando as operações com capacidades de IA no centro; invistam em arquitetura modular, construindo sistemas flexíveis para atualizações ágeis e inovadoras; e habilitem o compartilhamento de dados em tempo real, facilitando o fluxo contínuo de informações entre agentes de IA. O futuro será movido pela inteligência artificial e quem não estiver alinhado com o mercado ficará para trás!

Total
0
Shares
Anterior
Grupo Exalt avança no posicionamento estratégico e ultrapassa R$ 1 bilhão em prêmios emitidos
Foto: Divulgação

Grupo Exalt avança no posicionamento estratégico e ultrapassa R$ 1 bilhão em prêmios emitidos

O Grupo Exalt, com 80 corretoras associadas, mais de 300 mil segurados e atuação

Próximo
Arbitragem e contratos de seguro: novo Marco Legal dos Seguros e riscos à internacionalização do setor
Alberto J. M. de Lima/ Foto: Divulgação

Arbitragem e contratos de seguro: novo Marco Legal dos Seguros e riscos à internacionalização do setor

Confira artigo de Alberto Maia, advogado especialista do núcleo de Arbitragem e

Veja também