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Agenda 2050 propõe ações para descarbonizar e (neo)industrializar o Brasil

Abertura Brazil Windpower 2025/ Foto: Divulgação
Abertura Brazil Windpower 2025/ Foto: Divulgação

Estudo lançado durante o Brazil Windpower 2025 indica que a descarbonização industrial pode gerar 19 GW adicionais de demanda por energia limpa e elevar o PIB em até 6,8%

O relatório “Agenda 2050: Propostas para descarbonizar e (neo)industrializar o Brasil”, lançado durante o Brazil Windpower 2025, projeta que a transição energética e a reindustrialização verde podem adicionar 19 gigawatts (GW) à demanda nacional de energia e ampliar o Produto Interno Bruto (PIB) em até 6,8% nas próximas duas décadas.

Coordenado pelo economista Luciano Coutinho, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o estudo foi desenvolvido com apoio técnico da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica). A pesquisa aponta que a eletrificação de processos industriais, a adoção de combustíveis limpos e a expansão das renováveis são pilares para um novo ciclo de crescimento produtivo e competitivo.

Eólica como motor da nova industrialização

O relatório mostra que o Brasil conta hoje com 36 GW de capacidade instalada em energia eólica, colocando o país entre os seis maiores produtores do mundo. Cada real investido no setor gera três vezes mais impacto econômico agregado do que a média de outros segmentos.
Nos municípios que receberam empreendimentos eólicos, o crescimento econômico foi 21% superior e o IDH, 20% maior, reforçando os efeitos sociais da geração limpa.

A Agenda 2050 também estima que o avanço da eletromobilidade, da produção de hidrogênio verde e da descarbonização da indústria pesada criará demanda adicional de até 19 GW em novas fontes renováveis até 2040, consolidando o setor eólico como vetor estratégico da reindustrialização verde.

Competitividade e segurança energética

Durante a apresentação, Luciano Coutinho afirmou que o Brasil reúne condições únicas para liderar a descarbonização industrial. “A eletrificação da economia é inevitável. O país precisa acelerar investimentos, modernizar a regulação e converter energia limpa em vantagem competitiva global”, disse.

Coutinho também destacou que a descarbonização total da indústria brasileira até 2040 depende de incentivos temporários e de uma política energética rebalanceada para reduzir distorções entre fontes renováveis e térmicas. “A energia verde deve ser o núcleo de uma nova política industrial”, afirmou.

Eólica offshore: diversificação e escala

Para Julia Paletta, Country Head for Brazil da Ocean Energy Pathway (OEP), a eólica offshore amplia a segurança energética e reduz a pressão sobre o uso da terra. Ela lembrou que o setor vive um momento de rápida escalabilidade global, impulsionado por investimentos da China, que já reformula mais de 3 000 GW de capacidade elétrica renovável.
“O Brasil pode atender sua demanda interna e se tornar fornecedor global de energia limpa. É hora de transformar nossas vantagens naturais em vantagens competitivas”, afirmou.

Rumo a uma política industrial verde

O documento propõe a criação de um Plano Nacional de Descarbonização Industrial, com metas para eletrificação de processos, incentivo à inovação tecnológica e mecanismos de exportação de equipamentos e serviços da cadeia eólica. Também recomenda novos instrumentos de financiamento e integração entre políticas de energia, indústria e meio ambiente.

 Confira a programação completa: https://www.brazilwindpower.com.br/pt/congresso.html

 Credenciamento à imprensa: https://www.brazilwindpower.com.br/pt/imprensa.html

Serviço:

Brazil Windpower 2025

Data: 28 a 30 de outubro de 2025
Local: São Paulo Expo – São Paulo/SP
Mais informações: www.brazilwindpower.com.br

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