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Agenda da semana: desaceleração na China; estagflação na Europa; e queda no Índice Geral de Preços no Brasil

Foto: Pixabay/ Pexels
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Confira análise do professor e mestre em Economia Política, André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online

O professor e mestre em Economia Política, André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, principal plataforma digital brasileira de transferências internacionais, traz análises sobre os principais eventos econômicos da semana

Indicadores chineses devem mostrar continuidade do movimento de desaceleração da economia

Para a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto e de serviços, da China, há grande possibilidade de que o principal vetor de crescimento da segunda maior economia do mundo mostre perda de ritmo no mês de agosto, a exemplo do que tem sido visto na maioria dos países europeus. Na quinta-feira (7), os dados da balança comercial também podem endossar a forte desaceleração da economia asiática, lembrando que a desaceleração do volume de importações registrada na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano já havia acendido o sinal de alerta em relação ao desempenho da economia local e mundial.

Deflação na China pode abrir caminho para mais relaxamento monetário

De modo similar ao que tem acontecido com os indicadores da balança comercial, empréstimos e atividade econômica, os preços aos consumidores e produtores sugerem forte perda de tração da economia. A divulgação destes dados referentes ao mês de agosto, caso sejam menores que o esperado, pode dar ainda mais espaço para que o Banco Popular da China promova novos cortes de juros no país. Os índices recentes de atividade e inflação fizeram o Banco Central local cortar as taxas de juros, mas tal investida foi duramente criticada pelo mercado por ter sido considerada insuficiente diante de tais evidências de desaceleração da economia.

Dados de atividade econômica e inflação colocaram a Europa de vez em um quadro de estagflação

Apesar de a inflação estar em um patamar muito mais baixo do que havia sido registrado meses antes, os últimos dados mensais sugerem novo impulso dos preços aos consumidores provocado, sobretudo, por uma nova elevação nos preços dos combustíveis. A leitura preliminar de inflação mostrou aumento acima do esperado dos preços na Zona do Euro em agosto, e os dados definitivos devem acompanhar, como de praxe, os números prévios.

Indicadores antecedentes sugerem nova expansão da produção industrial em julho

Depois de um começo de ano marcado por intensa deterioração das condições microeconômicas, o setor industrial deve engatar a terceira alta mensal consecutiva em julho, sequência que não era vista desde o segundo semestre de 2020. A expectativa é de que esse avanço seja de 0,2% na margem, mas com queda de 0,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de agosto deve mostrar o 9º recuo mensal nos últimos 12 meses

A despeito da acomodação dos preços aos produtores com a recente desvalorização da moeda brasileira associada ao aumento dos preços de algumas commodities, o IGP-DI de agosto deve mostrar mais uma queda na margem, sustentada por ligeira deflação no Índice de Preço por Atacado – Disponibilidade Interna (IPA-DI) somada a uma queda dos preços aos consumidores. A variação acumulada em 12 meses, por sua vez, deve sair de uma deflação de 7,5% para um recuo ligeiramente mais baixo, de 7,0%.

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