Especialista da rede de clínicas Meu Doutor Novamed dá orientações sobre essa etapa da maternidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê. Ou seja, nesse período essa é a opção mais saudável e completa para o recém-nascido, mas vale lembrar que nem toda mãe consegue produzir leite, por isso, o ideal é ter o acompanhamento médico necessário para garantir uma nutrição saudável nessa etapa tão complexa da maternidade.
Para ressaltar a importância do aleitamento materno, a Semana Mundial da Amamentação (SMAM) – de 1º a 7 de agosto – fomenta a conscientização sobre o tema em mais de 100 países pelo mundo. E, em incentivo a essa prática entre as mães, o pediatra Fabrício Messias da Rosa, da rede Meu Doutor Novamed em Curitiba (PR), destaca os benefícios do leite materno e os cuidados essenciais durante o período de lactação, enfatizando sua contribuição para a segurança alimentar e física dos bebês.
“O leite materno é a fonte de nutrição mais adequada, fornecendo todos os nutrientes essenciais para uma evolução saudável do bebê nos primeiros meses de vida. Além disso, contém anticorpos e células imunológicas que ajudam a protegê-lo contra infecções respiratórias, gastrointestinais, alergias e outras doenças”, explica o especialista.
O Dr. Fabrício da Rosa ressalta, ainda, que o leite materno é fundamental para a redução do risco de desenvolvimento de doenças na criança também a longo prazo: “O aleitamento materno está associado a um menor risco de obesidade infantil, síndrome da morte súbita do lactente (SMSL), doenças cardiovasculares, câncer infantil, entre outras condições”, completa.
Principais benefícios do aleitamento para o bebê
- Desenvolvimento cerebral. O leite materno é rico em ácidos graxos essenciais, que auxiliam no incremento do sistema nervoso do bebê;
- Diminui a morbimortalidade infantil;
- Proteção contra doenças: os anticorpos da mãe são passados à criança pelo leite materno;
- Previne episódios de diarreias, infecções respiratórias agudas e outras enfermidades infectocontagiosas;
- Reduz a chance de desenvolvimento de doenças alérgicas, de hipertensão, colesterol alto e diabetes;
- Promove melhor nutrição, com efeito positivo no desenvolvimento intelectual e físico – começando pela cavidade bucal da criança.
O especialista da rede Meu Doutor Novamed também chama a atenção para a necessidade de uma rede de apoio às mães, que precisam de constante incentivo e suporte dos profissionais de saúde, bem como do apoio da própria família, para uma amamentação bem-sucedida. O médico aponta também ser importante o ambiente social e físico para a amamentação. O ideal é um espaço calmo, confortável e arejado, que permita que a mãe se sinta relaxada e conectada com o momento.
Outro importante benefício da amamentação é a construção de vínculo afetivo, tendo impacto também na saúde das mães no puerpério. O profissional destaca que a perda do peso adicional adquirido pela mãe na gravidez ocorre mais facilmente, o útero retorna mais rapidamente ao tamanho normal, evitando a anemia pós-parto, e há uma diminuição no risco de desenvolver diabetes.
Principais benefícios do aleitamento para as mães
- Vínculo emocional: a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, promovendo uma sensação de intimidade e carinho;
- Recuperação pós-parto: a amamentação estimula a liberação de hormônios, como a ocitocina, que ajudam o útero a se contrair, auxiliando na recuperação mais rápida do útero e na redução do sangramento pós-parto;
- Prevenção de doenças: o aleitamento materno reduz o risco de câncer de mama e ovário, osteoporose, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas em mulheres.
É importante destacar que cada mãe é única e pode ser necessário um plano personalizado para o auxílio da amamentação. Se houver dificuldades na produção de leite, é recomendada uma consulta com um profissional especializado em lactação para uma avaliação individualizada e orientações específicas. Ainda assim, o pediatra da Meu Doutor Novamed de Curitiba, Fabrício Messias da Rosa, acrescenta que é preciso atenção a outros detalhes práticos e igualmente importantes para um aleitamento bem-sucedido.
Confira
- Pega inadequada do bebê: a posição incorreta pode afetar a estimulação necessária da mama, resultando em uma produção insuficiente de leite. Certifique-se de que o bebê esteja bem-posicionado e com a pega correta durante as mamadas, buscando ajuda do seu pediatra ou de um consultor de amamentação, se necessário;
- Pouca frequência de amamentação. A produção de leite é baseada na oferta e demanda. Quanto mais o bebê mamar, mais leite será produzido;
- Suplementação excessiva. A oferta de fórmula infantil alimentar em excesso pode reduzir a demanda do bebê por leite materno, resultando em menor produção de leite. A suplementação deve ser orientada pelo pediatra ou nutricionista.
- Estresse e ansiedade. O estresse emocional da lactante pode afetar a produção de leite. Tente descansar adequadamente e buscar suporte emocional e familiar durante o período de amamentação. Ter uma rede de apoio é fundamental nesse processo;
- Problemas de saúde materna. Certas condições de saúde como desequilíbrios hormonais, síndrome dos ovários policísticos, hipotireoidismo ou diabetes mal controlado, podem afetar a produção de leite. Consulte um ginecologista, médico da família ou clínico geral para avaliar e tratar qualquer problema de saúde subjacente;
Alimentação e hidratação adequadas da lactante. Ter uma dieta saudável e se manter adequadamente hidratada também é importante para a produção de leite.