A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou o balanço anual de atividades agropecuárias em 2022 e as perspectivas para 2023. Na apresentação, realizada em coletiva de imprensa, a entidade afirmou que prevê aumento nas taxas de produção ao longo do ano.
De acordo com o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, a instabilidade do clima e os custos alto das produções derrubaram o PIB do agronegócio, principalmente defensivos e fertilizantes. Segundo comentou, isso fez o PIB cair de 6% no ano de 2021 e fechar em 4,1% em 2022: “O que nós observamos é que ao invés de termos uma redução de preços dos insumos em função do desaceleramento da Covid, nós tivemos uma alta em função da guerra da Ucrânia”.
No ano passado (2022), o Valor Bruto de Produção (VPB) alcançou a marca de R$1,3 trilhão no comparado de 2021, um crescimento de 2,2%. As principais cadeias que influenciaram em um resultado satisfatório foram as safras 21/22 de trigo e milho, que foram recorde em produção.
Perspectiva de 2023
Para este ano, a CNA prevê um crescimento estável de até 2,5% para o PIB do agronegócio, esse crescimento deve se manter tímido por conta dos preços elevados de produções agrícolas que continuam ao longo de 2023. Apesar de ser uma projeção pequena, o PIB já sinaliza uma boa recuperação, se comparado ao ano anterior.
O Valor Bruto da Produção (VBP) deve ter um crescimento de 1,1%, em relação a 2022. Já da pecuária espera-se uma receita de 2,3% menor este ano e a produção agrícola, terá uma crescente de 2,8% na receita. Lucchi explica que mesmo com um pequeno crescimento espera-se uma estagnação das produções: “Nós temos uma perspectiva de crescimento de PIB de estagnação, um crescimento muito pequeno de 0,75%”.
Mesmo com uma produção menor, o Brasil terá um importante participação na exportação de comércio agrícola internacional.