Além da técnica: é possível preparar gestores para uma liderança humanizada

Confira o artigo escrito por Ottília Duarte, head de Cultura, Engajamento, Desenvolvimento e Remuneração do Pravaler

Uma das grandes preocupações do mundo corporativo atual é a de desconstruir estigmas e pré-conceitos já bem estabelecidos sobre a figura de um chefe tradicional, caracterizado na maioria das vezes pelo individualismo e autoritarismo. Esse perfil de profissional perdeu espaço nas empresas, pois existe um empenho consciente, principalmente das equipes de Gente e Gestão, em treinar gestores para que sejam líderes compreensivos, inspiracionais e que tragam um impacto positivo para seus times. No Pravaler, nossos esforços para tal propósito se dão por meio do nosso projeto interno de treinamento “Líderes do Futuro”. Esse processo dura cerca de um ano, e busca preparar futuros gestores para assumirem a posição de liderança por meio de um mapeamento de habilidades adaptativas e soft skills, e de estratégias de exposição para essa pessoa, trabalhando competências que englobam a esfera de influência, comunicação, apresentação, entre outras. Tudo isso vai muito além de conhecimentos teóricos.

Hoje, o termo “chefe” remete a um indivíduo que comanda e controla sua equipe de forma ríspida, e os colaboradores têm demonstrado maior adesão e uma melhor performance quando orientados por uma gestão mais humanizada. A partir daí vem a difícil tarefa de derrubar as concepções prévias já estabelecidas em favor de uma nova abordagem, com líderes que saibam dosar a função de estar à frente de sua equipe, que esteja aberto às mudanças e tenha humildade para aprender com elas.

Alguns gestores podem ter um certo receio de aprender com funcionários mais júniors, mas lembre-se: uma equipe composta com uma pluralidade de experiências, perspectivas e expertises pode trazer resultados muito mais interessantes. Por isso, independente do cargo superior ocupado, essa pessoa não deve sentir-se ameaçada por bons colaboradores em seu time, e sim considerá-los adições positivas no grupo de trabalho, proporcionando assim bons resultados e enriquecimento do seu próprio conhecimento em áreas que não são sua maior especialidade. Em paralelo, assumir essa postura mais humanizada pode ser bastante relevante ao tratar de pessoas que possuem diferenças geracionais marcantes, uma vez que essas características podem impactar fortemente na visão do colaborador sobre seu líder e seu comportamento perante a tal.

Além disso, diversas habilidades que dizem respeito à comunicação entre líder e equipe, hoje, já são consideradas imprescindíveis para qualquer um que assuma um cargo superior. Seja a forma mais adequada de dar feedbacks significativos, realizar boas entrevistas ou saber utilizar sua influência da forma mais positiva possível. Todas essas fazem parte de um leque de habilidades importantíssimas que fazemos questão de trabalhar e melhorar antes, durante e depois do treinamento. E, com os resultados atingidos internamente, 25% dos analistas treinados no último ano foram promovidos a cargos de liderança.

Finalmente, outro aspecto fundamental do ‘Líderes do Futuro’ está em reconhecer e saber lidar com possíveis questões de saúde mental que possam surgir dentro do time. Muitas vezes esse tipo de assunto é confiado exclusivamente ao líder e, por isso, cabe a ele saber como lidar com tais situações. Sejam problemas relacionados à burnout ou crises mais sérias, um bom profissional deve conhecer as ferramentas de apoio e estar preparado para oferecer o suporte necessário ao colaborador, sem prejudicar o restante do grupo. Saber a forma apropriada para lidar com situações como essa é uma das características que distinguem um bom líder.

Portanto, ao tratarmos de gestores, coordenadores e chefes de uma empresa, sejam eles mais experientes ou novos no cargo, uma preparação adequada é fundamental para conduzir uma boa equipe, até mesmo em momentos de crise. Para isso, o time de Gente e Gestão deve estar preparado para orientar, mostrar as boas práticas e as habilidades a serem desenvolvidas para que tornarem-se líderes ainda melhores e, consequentemente, alavanquem o potencial de suas respectivas equipes.

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