Confira artigo da executiva do mercado segurador, Thais Cardoso
No cenário atual, embora muitos corretores mantenham práticas tradicionais, oferecendo produtos para perfis já conhecidos, há quem esteja desbravando áreas mais estratégicas e com potencial para crescimento.
São os profissionais que entenderam que não dá mais para atuar sozinhos — nem de forma genérica. Que sabem que vender seguro de danos principalmente, não é apenas enviar uma cotação, mas sim entregar proteção com estratégia, visão de risco e inteligência comercial.
Mas nenhum navegador chega ao oceano azul sem um bom mapa, bússola e tripulação.
É aí que entram as assessorias — verdadeiros guardiões de territórios ainda pouco explorados, como seguro garantia, responsabilidade civil, transportes, patrimoniais em geral…
E o momento é oportuno: praticamente todas as grandes seguradoras já voltaram seus olhos para esse canal, reconhecendo nas assessorias um modelo eficaz de expansão, segmentação e desenvolvimento técnico.
Minha trajetória profissional me permitiu vivenciar de perto a gestão estratégica de assessorias e grupos especiais em uma das maiores seguradoras da América Latina. Nesse ambiente dinâmico, compreendi na prática o potencial transformador desse canal — não apenas como apoio técnico, mas como verdadeiro motor de crescimento para corretores, seguradoras e clientes finais.
Cases de sucesso em todo o país comprovam que a parceria entre seguradoras e assessorias bem estruturadas não apenas funciona — ela transforma.
Esse novo cenário abre uma janela única para que as assessorias se destaquem, ganhem protagonismo e desenhem modelos de negócio cada vez mais especializados. E quem mais se beneficia com isso? O corretor: mais bem atendido, com suporte real, acesso à inteligência de produto, foco comercial e um relacionamento verdadeiramente estratégico.
Essas assessorias não apenas dominam o produto. Elas ajudam o corretor a se posicionar, identificar oportunidades ocultas na carteira, desenvolver abordagens personalizadas e fechar negócios com mais valor percebido.
As boas assessorias não apenas apoiam — elas guiam uma nova geração de especialistas rumo ao oceano azul do seguro consultivo.
O que é esse tal Oceano Azul?
O conceito, popularizado por W. Chan Kim e Renée Mauborgne, descreve mercados inexplorados, com pouca concorrência direta e alto potencial de crescimento. No setor de seguros, esse oceano existe — e está mais próximo do que muitos imaginam.
Enquanto diversos corretores ainda atuam em nichos saturados, como automóvel, vida individual e saúde tradicional, o mercado de seguros de danos permanece cheio de oportunidades. Empresas de diferentes portes seguem sem abordagens personalizadas em seguros patrimoniais, responsabilidade civil, equipamentos e transportes.
E qual o papel da assessoria nisso?
Quando bem posicionada, a assessoria vai além do suporte técnico ou do repasse de cotações — ela atua como parceira estratégica do corretor. Mapeia a carteira para identificar perfis com potencial, orienta tecnicamente conforme o nicho de atuação, conecta o corretor a produtos especializados de seguradoras de ponta, oferece materiais, campanhas e treinamentos que fortalecem sua autoridade, e participa ativamente de reuniões e apresentações, agregando valor à entrega comercial.
Em resumo, a assessoria é a ponte entre o corretor que deseja crescer e os territórios ainda inexplorados do mercado.
Onde estão as oportunidades?
Imagine um corretor com um cliente dono de três restaurantes. Será que ele já foi abordado com um seguro de responsabilidade civil por contaminação alimentar?
Ou aquele que atende uma oficina mecânica — conhece o seguro de equipamentos estacionários?
E o empresário com uma pequena confecção — já ouviu falar no seguro multirriscos com cobertura de estoque e avarias?
Esses produtos existem, são acessíveis e bem aceitos pelo mercado. O problema é que muitos corretores não se sentem seguros para ofertá-los — seja por falta de conhecimento técnico, seja por não enxergarem a oportunidade.
É justamente nesse ponto que a assessoria atua: identificando, destravando e acompanhando essas oportunidades até a conversão.
Um novo tipo de corretor está nascendo
O corretor do futuro não é aquele que sabe tudo — é quem sabe se cercar dos parceiros certos.
Hoje, os profissionais que mais crescem em seguros patrimoniais são os que saíram do piloto automático. Que decidiram investir em nichos com alto valor agregado. Que entenderam que vender com inteligência é mais eficaz do que vender por volume.
E que escolheram assessorias que não apenas ajudam — mas caminham junto.
E no final das contas…
Não se trata apenas de ter acesso a uma seguradora ou calcular um prêmio.
Trata-se de ter um parceiro que te ajuda a enxergar valor onde outros só veem produto.
O mercado está mudando. O cliente está mais exigente. E o corretor que quer crescer precisa sair da bolha da mesmice.
O oceano azul dos seguros e soluções empresariais está aberto. Mas navegar exige preparo, estratégia — e a assessoria certa ao seu lado.
Afinal, quem só vende, boia.
Mas quem constrói soluções… Navega.