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Alergia ou infecção? Saiba como diferenciar os sintomas e evitar erros no tratamento infantil 

a woman wearing a face mask to protect herself from the sun
Photo by Road Ahead on Unsplash

No Dia Mundial da Alergia (8/7), especialista alerta para sinais distintos entre os quadros alérgicos e infecciosos e os riscos do uso incorreto de antibióticos 

Com a chegada do inverno, os atendimentos por doenças respiratórias aumentam consideravelmente nas emergências pediátricas. Segundo o pronto atendimento infantil do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), houve um crescimento de cerca de 40% nos casos gripais neste ano. Espirros, coriza, tosse e nariz entupido são sintomas frequentes nessa época, mas nem sempre significam a mesma coisa. A confusão entre alergia e infecção é comum, especialmente em crianças, e pode levar a tratamentos inadequados e até prejudiciais. 

Segundo Christine Tamar, pediatra e coordenadora da Emergência Pediátrica do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), entender as diferenças entre esses quadros é essencial. “Muitos sintomas se sobrepõem no início, como coriza e tosse. Mas sua origem, duração e os sinais associados a eles ajudam a diferenciá-los. A alergia, por exemplo, costuma ter coriza clara, espirros em salvas e coceira no nariz ou nos olhos, sem febre. Já a infecção, como uma gripe, geralmente vem com mal-estar, febre e secreção amarelada”, explica a especialista. 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS)¹ indicam que até 40% da população mundial sofre com algum tipo de doença alérgica, sendo a rinite a mais comum. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai)², cerca de 30% das crianças apresentam quadros alérgicos, e a tendência é de aumento. 

A alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a agentes inofensivos, como poeira, ácaros, pólen ou alimentos. Não é contagiosa. Já a infecção é causada por vírus ou bactérias, pode ser transmissível e normalmente tem evolução mais curta, com melhora espontânea entre cinco e dez dias. “Alergias podem durar semanas ou meses, especialmente se a criança estiver exposta continuamente ao alérgeno. Isso é um sinal de alerta”, afirma Christine. 

A especialista também chama atenção para os perigos do uso inadequado de antibióticos. “Tratar uma alergia como infecção não resolve o problema e pode causar efeitos colaterais, como diarreia, alergia medicamentosa e desequilíbrio da flora intestinal. Além disso, o uso indiscriminado de antibióticos contribui para o aumento da resistência bacteriana, que é um dos maiores desafios da medicina atual”, alerta. 

As doenças alérgicas mais comuns incluem rinite alérgica, asma, dermatite atópica, urticária e alergia alimentar. Muitas delas têm histórico familiar como fator de risco e podem ser desencadeadas por condições ambientais ou alimentares. Christine reforça que “crianças com sintomas persistentes, que pioram quando expostas a determinados agentes ou não respondem bem aos tratamentos convencionais, devem ser encaminhadas ao alergista para uma avaliação mais específica”. Ela destaca ainda a importância da investigação correta e precoce: “Só assim conseguimos controlar a doença, melhorar a qualidade de vida e evitar complicações.” 

O encaminhamento ao alergista é indicado em casos como rinite persistente, asma de difícil controle, urticária crônica, suspeita de alergia alimentar ou medicamentosa, dermatite atópica grave e histórico familiar de alergia associada a sintomas clínicos. No inverno, além das infecções virais, os quadros alérgicos também se agravam com maior frequência, especialmente pela permanência em ambientes fechados, com maior presença de poeira e ácaros e pouca ventilação. 

No Dia Mundial da Alergia, celebrado em 8 de julho, a mensagem da pediatra Christine Tamar é clara: “Saber reconhecer os sinais e buscar ajuda especializada é fundamental para garantir o bem-estar das crianças. Um diagnóstico preciso evita o sofrimento desnecessário e protege a saúde a longo prazo”, finaliza a médica.  

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