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Análise da Alper com mais de 20 mil trabalhadores revela os desafios das empresas na adequação à NR-1 sobre saúde mental

Análise da Alper com mais de 20 mil trabalhadores revela os desafios das empresas na adequação à NR-1 sobre saúde mental
Foto: Ben Sweet no Unsplash

Dados da consultoria apontam que engajar as equipes para o diagnóstico de riscos psicossociais é o principal desafio das empresas para cumprir o prazo da NR-1

Uma análise conduzida pela Alper Seguros com 20.397 colaboradores de indústrias estratégicas revela que o principal desafio das empresas na adequação à Norma Regulamentadora 1 (NR-1) não é a burocracia, mas sim conseguir o engajamento necessário dos times para realizar o diagnóstico de riscos psicossociais. Os dados obtidos a partir da atuação da consultoria em setores como ferroviário, tecnologia, alimentício e de equipamentos elétricos acendem um alerta para as companhias que correm contra o tempo para cumprir a exigência legal até maio de 2026.

A principal estratégia da Alper para superar essa barreira tem sido a sensibilização. A consultoria promove rodas de conversa e palestras conduzidas por psicólogos especializados, que explicam a importância da participação e, principalmente, reforçam o sigilo absoluto das respostas. Essa abordagem tem se mostrado fundamental para construir a confiança necessária e ampliar a taxa de adesão aos questionários anônimos.

A experiência também revela que a criação de um ambiente seguro para discutir o tema depende diretamente do envolvimento da liderança. Quando os gestores participam ativamente das rodas de conversa e demonstram abertura para ouvir, os colaboradores se sentem mais à vontade para contribuir. “Nossa maior preocupação é garantir o sigilo das informações. Para que o mapeamento seja fidedigno e alcance alta adesão, é fundamental que o colaborador se sinta seguro de que as respostas são anônimas e de que o objetivo do processo é identificar os riscos psicossociais de forma sistêmica. A partir da classificação dos riscos (baixo, médio ou alto), o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) apresentará alternativas para mitigá-los e propor melhorias contínuas tanto para o ambiente de trabalho quanto para a qualidade de vida dos colaboradores”, explica Paula Gallo, diretora de Gestão de Saúde da Alper Seguros.

Prazo final se aproxima e riscos vão além das multas

Com o prazo de adequação terminando em maio de 2026, especialistas da Alper alertam que as empresas que deixarem para a última hora podem enfrentar dificuldades. Os riscos para quem não agir vão além de multas e responsabilização civil ou penal, incluindo perda de credibilidade, aumento do absenteísmo e dificuldades na contratação e retenção de talentos.

Diagnóstico como ferramenta de gestão

Segundo a Alper, os dados coletados nos diagnósticos funcionam como um termômetro da cultura interna. Com base nos resultados, as companhias conseguem identificar pontos de atenção e implementar planos de ação direcionados, que vão desde ajustes na comunicação e programas de bem-estar até mudanças em políticas de gestão de pessoas, transformando a obrigação legal em uma ferramenta estratégica de melhoria contínua.

Quem ganha com a NR-1? Trabalhadores e empresários

Ao estabelecer diretrizes claras de gerenciamento de riscos, a NR-1 garante ambientes de trabalho mais seguros, prevenindo acidentes e doenças ocupacionais e fortalecendo a motivação das equipes, trazendo benefícios diretos tanto para colaboradores quanto para empresários. Para as empresas, além de assegurar conformidade legal e evitar passivos trabalhistas, a normativa contribui para a redução de custos, aumento da produtividade e fortalecimento da imagem institucional, unindo saúde, eficiência e competitividade em um único processo de gestão.

É notório que existe um movimento consistente de preocupação legítima com a saúde mental e empresas que contam com programas sólidos já começam, inclusive, a conquistar o selo de “empresa promotora de saúde mental”. Muito além do cumprimento da norma, cresce a consciência de que a negligência nesse tema pode gerar sérios impactos, tais como:

  • Imagem e Reputação: perda de confiança de clientes, fornecedores e parceiros.
  • Riscos Legais e Judiciais: responsabilidade civil e penal por acidentes e doenças ocupacionais.
  • Produtividade e Eficiência: queda na qualidade de produtos e serviços.
  • Contratação e Retenção de Talentos: impacto direto na cultura organizacional e no clima interno.
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