Índice da associação que acompanha as LFTs com duração de um dia teve o melhor desempenho do ano
Os títulos de renda fixa de curto prazo se destacaram em 2024, refletindo as preocupações em relação aos riscos fiscais. Os indicadores foram divulgados pela ANBIMA (Associação das Entidades dos Mercado Financeiro e de Capitais) nesta quarta-feira (8).
O IMA-S, índice que reflete o desempenho das LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) com duração de um dia, teve o melhor desempenho do ano passado ao registrar variação positiva de 11,11%. O IMA-B 5, que acompanha as NTN-Bs (títulos indexados ao IPCA) com prazo até cinco anos, acumulou rentabilidade de 6,16% no ano. Por outro lado, o IMA-B 5+, que reflete as NTN-Bs (papéis indexados ao IPCA) com prazo acima de cinco anos, acumulou desvalorização de 8,63% no ano e de 4,37% em dezembro.
“As incertezas em relação à questão fiscal, além da trajetória da inflação e dos juros para curto e médio prazo, contribuíram para o aumento na aversão a risco durante a maior parte do ano”, explicou Marcelo Cidade, economista da ANBIMA.
Entre os prefixados, o IRF-M 1, que acompanha papéis com vencimento em até um ano, apresentou retorno anual de 9,46%. Já os títulos refletidos no IRF-M 1+ (prefixados acima de um ano) acumularam perdas de 1,81% no período e de 2,96% apenas no mês de dezembro.
No geral, o IMA (Índice de Mercado ANBIMA), que reflete todos os títulos que compõem a dívida pública, fechou o ano no positivo: 5,10%.
Títulos corporativos
As debêntures marcadas a mercado fecharam 2024 com rentabilidade de 8,38%, segundo o IDA Geral (Índice de Debêntures da ANBIMA). O IDA-DI, que reflete os papéis remunerados pela taxa diária DI, avançou 12,49% no ano.
O IDA IPCA ex-infraestrutura, que considera as debêntures sem incentivo fiscal, subiu 3,98% em 2024. Já os papéis com isenção fiscal, acompanhados pelo IDA IPCA infraestrutura, avançaram 2,85% no mesmo período.