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ANS e Ministério da Saúde divulgam o Vigitel da Saúde Suplementar

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Publicação avalia o comportamento dos beneficiários de planos de saúde em todo o Brasil

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em parceria com o Ministério da Saúde, divulga o Vigitel Brasil 2008 – 2023 – Saúde Suplementar. A publicação revela dados da população de beneficiários de planos de saúde coletados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. O relatório, coordenado pelo Ministério da saúde é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e a ANS e reúne informações das últimas 15 edições do Vigitel.

O Vigitel da Saúde Suplementar 2008-2023 utilizou uma amostra de adultos com plano de saúde extraída do Vigitel Brasil. Participaram da pesquisa telefônica mais de 697 mil brasileiros, dos quais 371.394 informaram ser beneficiários de planos de saúde. As entrevistas coletaram informações sobre características sociodemográficas, consumo alimentar, atividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, excesso de peso e obesidade, morbidade por doenças crônicas, realização de exames preventivos para o câncer de mama e de colo uterino, além de posse de plano de saúde e avaliação geral da condição de saúde. Além disso, em seus 14 anos iniciais, o sistema serviu de veículo para a avaliação de diversas temáticas emergentes em saúde pública no País, como saúde bucal, uso de contraceptivos, comportamentos no trânsito, prevenção da dengue e vacinação contra a gripe.

“A análise dos dados do Vigitel é de grande importância para a identificação dos principais fatores de risco para a população brasileira, bem como para a formulação de políticas públicas e para o desenvolvimento de modelos de cuidado que promovam a prevenção de doenças e a promoção da saúde. É, portanto um importante instrumento para a gestão da saúde dos beneficiários de planos de saúde”, ressaltou a diretora-presidente interina da ANS, Carla Soares.

A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) é realizada desde 2006 pelo Ministério da Saúde. Inicialmente, a pesquisa não discriminava os usuários de planos de saúde. A partir de 2008, em parceria com a ANS, o estudo foi ampliado e passou a avaliar dados de beneficiários da saúde suplementar.

O Vigitel da Saúde Suplementar 2008-2023 é coordenado pelo Ministério da Saúde e a gestão das informações coletadas é da pasta.

Clique aqui para conferir a publicação

O Vigitel da Saúde Suplementar 2008-2023 é coordenado pelo Ministério da Saúde, que também é responsável pela gestão das informações coletadas.

Tabagismo

A frequência de beneficiários de planos de saúde que fumam diminuiu no Brasil no período entre 2008 e 2023, variando de 12,4% em 2008 a 6,8% em 2023. Essa redução foi observada em ambos os sexos, com maior redução entre os homens, variando de 13,6% em 2008 a 7,8% em 2023.

Excesso de peso

A frequência de adultos com excesso de peso aumentou no Brasil, no período entre 2008 e 2023, variando de 46,4% em 2008 a 60,9% em 2023. Esse crescimento foi observado em ambos os sexos, com maior aumento entre as mulheres, variando de 38,6% em 2008 a 55,4% em 2023.

No conjunto das 27 capitais, a proporção de excesso de peso foi de 60,9% (contra 46,4% em 2008), sendo maior entre os homens (67,8%) do que entre as mulheres (55,4%) (figura 14). Foram observados aumentos em todas as faixas de idade e em todos os níveis de escolaridade. Entretanto, a presença dessa condição, em 2023, foi menor no grupo mais jovem (18 a 24 anos), com 32,4%, e os maiores aumentos foram observados entre adultos de 25 a 34 anos, variando de 41,4%, em 2008 a 61,7% em 2023.

O Vigitel considera com excesso de peso o indivíduo com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 25 kg/m², calculado com base nas informações de peso e altura fornecidas pelos entrevistados.

Obesidade

No conjunto das 27 capitais, a frequência de adultos com obesidade foi de 21,9% (contra 12,5% em 2008). Esse aumento foi observado em ambos os sexos, sendo maior entre os homens, variando de 14,2% em 2008 a 23,5% em 2023.  O maior aumento foi observado entre adultos de 45 a 54 anos, variando de 16,0% em 2008 a 27,2% em 2023. Já em relação ao nível de escolaridade, o maior aumento foi observado entre indivíduos com 9 a 11 anos de estudo, variando de 11,0% em 2008 a 22,5% em 2023.

O Vigitel considera indivíduos com obesidade, indivíduo com IMC ≥30 kg/m2 calculado a partir do peso em quilos dividido pelo quadrado da altura em metros, ambos autorreferidos.

Atividade física

A frequência de adultos com prática de atividade física no tempo livre equivalente a pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana aumentou no Brasil, no período entre 2009 e 2023, variando de 33,5% em 2009 a 49,0% em 2023. Esse aumento foi observado em ambos os sexos, com maior aumento entre as mulheres, variando de 25,3% em 2009 a 43,0% em 2023. Entretanto, no período entre 2018 e 2023, a prática de atividade física no tempo livre manteve-se estável no conjunto da população e em ambos os sexos.

Já a frequência de adultos fisicamente inativos permaneceu estável entre 2009 e 2023, variando de 12,5% no início do período para 12,1% em 2023. Esse padrão de estabilidade foi observado em homens e mulheres.

O Vigitel classifica como fisicamente inativos os indivíduos que não praticaram qualquer atividade física no tempo livre nos últimos três meses, que não realizaram esforços físicos intensos no trabalho, não se deslocaram para o trabalho ou escola a pé ou de bicicleta e não participaram da limpeza pesada de suas casas.

Hábito de assistir à televisão ou utilizar computador, tablet ou celular no tempo livre

A frequência de adultos que assistem televisão ou utilizam computador, tablet ou celular por três horas ou mais diariamente no tempo livre apresentou aumento no período entre 2016 e 2023, variando de 64,7% em 2016 a 70,9% em 2023.

Foi observado aumento em ambos os sexos, sendo o maior aumento entre as mulheres, variando de 63,6% em 2016 a 70,9% em 2023. No período mais recente, de 2018 a 2023, a frequência de adultos que despendem três horas ou mais por dia do tempo livre   assistindo à televisão ou usando computador, tablet ou celular manteve-se relativamente estável para o conjunto completo da população, com aumento apenas entre os homens.

A análise por faixa etária mostra que o aumento do uso em todas as faixas etária exceto entre 18 a 24 anos. Maior entre indivíduos de 45 a 54 anos, variando de 57,1% em 2016 a 69,3% em 2023. Nesse aspecto, houve crescimento entre todos os níveis de escolaridade, sendo o maior entre indivíduos com 0 a 8 anos de estudo, variando de 44,7% em 2016 a 57,4% em 2023. No período mais recente, de 2018 a 2023, foi observado aumento entre os indivíduos de 55 a 64 anos, variando de 57,6% em 2018 a 70,6% em 2023, com cenário de estabilidade entre as demais faixas de idade e todos os níveis de escolaridade.

Consumo de bebidas alcoólicas

No conjunto das 27 capitais, a proporção de adultos que consumiram quantidades abusivas de álcool foi de 20,8% em 2023, maior entre os homens (27,3%) do que entre as mulheres (15,2%). A prevalência diminuiu com o aumento da idade a partir dos 35 anos e aumentou com o nível de escolaridade.

Entre 2008 e 2023, o índice apresentou estabilidade no conjunto completo da população, variando entre 16,6% em 2008 e 21,4% em 2023.  Foi observado aumento entre as mulheres, variando de 9,8% em 2008 a 16,0% em 2023 sem variação significativa entre os homens. No entanto, durante o período mais recente, entre 2018 e 2023, a frequência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas manteve- e estável para o conjunto completo da população estudada e em ambos os sexos.

Observou-se aumento entre os indivíduos nas faixas de idade de 25 a 44 anos e 55 a 64 anos, com maior aumento entre adultos de 25 a 34 anos, variando de 20,6% em 2008 a 35,1% em 2023.

O Vigitel considera como consumo abusivo de bebidas alcoólicas a ingestão de cinco ou mais doses para os homens e quatro ou mais para as mulheres, em uma única ocasião, pelo menos uma vez nos últimos 30 dias.

Prevenção de câncer feminino

A frequência de mulheres entre 50 e 69 anos com realização de exame de mamografia em algum momento de suas vidas aumentou no período entre 2008 e 2023, variando de 95,9% em 2008 a 98,2% em 2023.

No entanto, na análise do período mais recente, entre 2018 e 2023, a frequência de mulheres entre 50 e 69 anos de idade com realização de exame de mamografia em algum momento de suas vidas manteve-se estável no conjunto da população estudada.

Em relação ao exame de mamografia, a frequência de mulheres entre 50 e 69 anos de idade que realizaram mamografia nos últimos dois anos se manteve estável no período entre 2008 e 2023, variando entre 86,6% em 2008 e 85,3% em 2023. Entre 2018 e 2023, foi observada a estabilidade na realização dos exames.

Diagnóstico médico de hipertensão arterial

A frequência de adultos que referiram diagnóstico médico de hipertensão arterial aumentou no Brasil, no período entre 2008 e 2023, variando de 23,8% em 2008 a 26,3% em 2023. Foi observado aumento entre os homens, variando de 23,2% em 2008 a 27,7% em 2023, sem variação significativa entre as mulheres.

A análise por faixa etária mostrou redução frequência de adultos que referiram diagnóstico médico de hipertensão entre pessoas de 18 a 24 anos, variando de 3,3% em 2008 a 2,6% em 2023, e 35 a 44 anos de idade, variando entre 17,4% em 2008 a 17,3% em 2023. Entretanto, observou-se aumento nas frequências de hipertensão em todos os níveis de escolaridade, com maior incremento entre indivíduos com 0 a 8 anos de estudo, variando de 45,7% em 2008 a 55,4% em 2023. Já na janela 2018-2023, observou-se estabilidade em todos os níveis de escolaridade e em quase todas as faixas de idade, com aumento apenas entre adultos de 65 anos e mais.

Diagnóstico médico de diabetes

A frequência de adultos que referiram diagnóstico médico de diabetes aumentou no período entre 2008 e 2023, variando de 5,8% em 2008 a 9,8% em 2023. Esse aumento foi observado em ambos os sexos, sendo maior entre as mulheres, variando de 6,3% a 10,5%. Na análise do período entre 2018 e 2023, manteve-se o cenário de aumento no conjunto completo da população estudada, sem variação significativa entre os sexos.

Diagnóstico médico de depressão

O indicador de diagnóstico médico de depressão foi incluído nesta publicação por ser considerado um tema emergente na agenda de saúde pública.

A frequência de beneficiários de planos de saúde com diagnóstico médico de depressão apresentou estabilidade no período entre 2020 e 2023, variando entre 11,3% em 2020 e 14,2% em 2023. O cenário foi semelhante para ambos os sexos.

Dados do Vigitel Brasil 2008 – 2023 - Saúde Suplementar
Dados do Vigitel Brasil 2008 – 2023 – Saúde Suplementar

 

 

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