Segundo pesquisa Datafolha, cerca de 72% dos brasileiros consideram importante o serviço que os cartórios prestam à sociedade
A resolução de conflitos no âmbito extrajudicial tornou-se uma das soluções mais viáveis para população brasileira, de acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Associação de Notários e Registradores do Brasil e pela Confederação de Notários e Registradores.
Na pesquisa, os cartórios estão à frente de outros 14 órgãos públicos e privados como a instituição mais confiável do país. O Datafolha ouviu quase 1 mil homens e mulheres acima de 18 anos que utilizaram os serviços de Registro Civil, Registro de Imóveis, Registro de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas, Tabelionatos de Notas e Tabelionatos de Protesto.
Aprovação
Os cartórios ficaram com a nota média de 7,9, seguido das Forças Armadas e da Polícia Militar, ambas com média 7,0, e dos Correios e empresas privadas, estes com média 6,9.
Também foi constatado que as serventias brasileiras se mantêm como mais bem avaliadas para 76% dos entrevistados, seguido pelos Correios, com 55%. Já em relação à importância dos serviços prestados, 72% consideram importante o serviço que os cartórios prestam à sociedade.
Modernidade
Ainda de acordo com a pesquisa do Datafolha, a população brasileira deseja que mais serviços sejam realizados nos cartórios. O levantamento aponta que as pessoas acreditam que a emissão de passaportes (57%), a emissão do documento único de identidade (66%), o registro de empresas (66%) e requerimentos previdenciários (62%) teriam melhor atendimento se fossem realizados em cartórios. Além disso, 69% disseram que são contra a migração dos serviços para a prefeitura ou demais órgãos públicos.
Para a tabeliã do 15º Ofício de Notas, Fernanda Leitão, “os cartórios são a melhor solução para desburocratizar a vida do cidadão e auxiliar as demandas que até então eram acumuladas pelo judiciário. A Lei 11.441/07, por exemplo, possibilitou a realização de inventário, partilha, separação consensual e divórcio em cartório, por meio de escritura pública, de forma rápida, simples e segura” explica.
Mas enquanto a emissão de passaportes em cartórios ainda não é uma realidade, no Rio de Janeiro, um termo de cooperação técnica homologado pela Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro permitiu que cartórios também passassem a realizar a expedição de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e a Carteira de Identidade, o que antes era atribuição apenas do Departamento Nacional de Trânsito (Detran).
Outros estados devem seguir a mesma linha de prestação de serviços à população, um movimento que ganhou força desde a adaptação dos serviços extrajudiciais diante no período crítico da pandemia da Covid-19, em 2020. Na época, os cartórios do país, migraram seus serviços para o meio eletrônico, e diversos atos foram praticados com o uso de tecnologia.
*Fonte: Mariana Moraes