Aposentadoria invisível: o futuro financeiro com a Geração Z

Gleisson Rubin, diretor do Instituto de Longevidade MAG e diretor de previdência da MAG / Foto: Divulgação
Gleisson Rubin, diretor do Instituto de Longevidade MAG e diretor de previdência da MAG / Foto: Divulgação

Levantamento aponta que apenas 10% dos jovens brasileiros investem pensando na aposentadoria

Uma das principais preocupações econômicas latentes no Brasil é o envelhecimento em ritmo acelerado. Estima-se que em menos de 40 anos, mais de um quarto da população terá mais de 65 anos. Analisando essa nova realidade tanto no mercado de trabalho quanto na sociedade, se faz necessário um olhar atento e esclarecedor sobre o planejamento financeiro para o futuro.

De acordo com o 8º Raio-X do Investidor, divulgado esse ano pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), cerca de 37% dos brasileiros investem de alguma forma. Na análise por faixa etária, a geração X (44 a 63 anos em 2024) e os millennials (29 a 43 anos) são os que mais se preocupam em se planejar para a velhice, com índices de 12% cada. O dado se torna ainda mais alarmante quando falamos da geração Z (16 a 28 anos), pois seu índice de investimento é de apenas 10%.

Segundo Gleisson Rubin, diretor do Instituto de Longevidade MAG e diretor de previdência da MAG, esse número reflete a nova realidade vivida na sociedade, ainda assim, destaca que se torna cada vez mais importante debater previdência e planejamento para os jovens obterem um futuro tranquilo. “Culturalmente, as gerações anteriores como os Boomers, X e Millennials foram constituídos com a necessidade de crescer, trabalhar e planejar um futuro desde muito jovens. Hoje, a geração Z busca priorizar sua saúde mental, bem-estar, independência financeira e qualidade de vida, prioridades que nas gerações anteriores eram aspirações para a aposentadoria”, comenta o executivo.

Para trazer um olhar para o futuro, o mercado têm buscado soluções para alcançar esse público, reformulando a narrativa e focando em “estratégias de renda” e “autonomia financeira” quando falam em aposentadoria, buscando desmistificar a ideia de previdência como um fim de carreira e de produtividade, mas um meio para se alcançar a independência, flexibilidade e a autonomia das escolhas também na longevidade.

“Se faz necessário recuperar a confiança da juventude no mercado, pois essa geração cresceu em meio a diversas instabilidades econômicas globais, inseguranças políticas e mudanças sucessivas no mercado de trabalho. É preciso adequar a linguagem, trazer à tona cases reais de sucesso com o qual possam se identificar e investir em programas de educação financeira, tanto nas empresas quanto nas escolas. O maior aliado do futuro longevo é o tempo, algo que muitos da geração Z ainda não perceberam, pois quanto mais estratégico for este jovem, menor será seu esforço e maior a sua liberdade no futuro”, finaliza Rubin.

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