Presidente da Fenacor cumpre, nesta semana, uma série de reuniões com investidores europeus dispostos a investir no setor de seguros no Brasil
O presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergilio, teve uma reunião de trabalho, neste domingo, em Lisboa (Portugal), com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem conversou sobre as potencialidades de crescimento do mercado de seguros no Brasil. “Entreguei ao presidente Lula o documento intitulado Visão do Mercado de Seguros Brasileiro, elaborado pela Fenacor, que traz uma criteriosa análise sobre a realidade, as perspectivas de desenvolvimento e as oportunidades do setor no nosso País”, revelou Vergilio.
Na ocasião, o presidente Lula agradeceu a Armando Vergilio por ter integrado sua equipe, como titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), no seu segundo mandato, período que o setor experimentou forte resiliência, crescimento e desenvolvimento.
De acordo com o presidente da Fenacor, o presidente Lula demonstrou bastante interesse no documento e se disse “muito bem impressionado”, assegurando ainda que irá observar com atenção todas as informações e considerações trazidas pela Fenacor.
Na conversa, Vergilio explicou para o presidente Lula que a Fenacor representa ampla rede composta por 57 mil empresas Corretoras de Seguros, que empregam cerca de 150 mil pessoas, e mais 72 mil Corretores de Seguros pessoas físicas.
Essa rede responde por aproximadamente 90% dos negócios do mercado de seguros, assegurando ampla proteção e amparo para a sociedade brasileira. Em 2022, o segmento devolveu para a sociedade, sob a forma de benefícios e indenizações, mais de R$ 220 bilhões, o que representa uma média diária de R$ 600 milhões, valores que ajudaram a movimentar a economia nacional.
Outro tema abordado foi o lançamento recente pelo governo de um “pacote de estímulo” ao crédito, que inclui importantes mudanças no setor de seguros.
Investidores
Além desse encontro com o presidente da República, Armando Vergilio cumpre, nesta semana, uma série de reuniões com investidores europeus dispostos a investir no setor de seguros no Brasil.
Esses investidores, em geral, tiveram seu interesse no mercado brasileiro despertado e aumentado sensivelmente pela percepção de que há um grande potencial na parceria com os Corretores de Seguros brasileiros, que prestam um pleno e amplo atendimento consultivo antes e durante toda a vigência da apólice sem nenhum custo para as seguradoras, realizando, além da prospecção do negócio, a análise e seleção do risco, a digitação e praticamente a emissão, e depois ainda atua no monitoramento do vencimento de parcelas, evitando cancelamento de apólices.
Por fim, na ocorrência do sinistro, atuam no direto e completo atendimento ao segurado para otimizar a regulação e mitigar situações de conflitos, evitando judicializações.
Documento
O documento “Visão do Mercado de Seguros Brasileiro”, entregue ao presidente Lula, é um estudo detalhado, com dados e informações consolidados, que comprova numericamente o constante desenvolvimento do mercado de seguros, desde a estabilização da moeda na década de 1990.
Dessa forma, permite avaliar o grande potencial de crescimento do setor, especialmente diante do cenário atual de um movimento global de inovação oriundo da absorção de novas ideias.
Como parte dessa mobilização, sob a ótica do futuro imediato, destacam-se a possível regulamentação das cooperativas e mútuas e a implantação do Open Insurance, no âmbito do Open Finance, as perspectivas de inserção do seguro entre as prioridades no cotidiano dos cidadãos e, ainda, os movimentos que denotam o propósito dos órgãos oficiais de alterar a compleição desse mercado, com vistas a seu desenvolvimento de forma mais equânime.
Tal conjunto de ações propicia a visão de um mercado que deve emergir com menor concentração, maior número de segurados e de produtos, além de oportunidades para novas seguradoras que desejem ingressar no setor.