Arrecadação é marco desde o término do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.
O governo federal projeta uma arrecadação recorde em 2024, alcançando o nível mais alto em 14 anos. Isso representa um marco desde o término do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.
De acordo com a proposta do Orçamento de 2024, já encaminhada ao Congresso pelo Ministério da Fazenda, as receitas líquidas devem atingir 19,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no referido ano. Em termos monetários, espera-se que a arrecadação líquida alcance a marca de R$ 2,19 trilhões, em comparação com os R$ 1,90 trilhão revisados para o ano de 2023.
Esse cenário econômico de crescimento na arrecadação implica em uma série de reflexos no setor empresarial brasileiro. Com mais recursos disponíveis para investimentos e expansões, as empresas têm a oportunidade de ampliar suas operações e explorar novos mercados. A estimativa leva em consideração a receita corrente líquida, o montante disponível para o governo federal após as transferências a estados e municípios.
“A expectativa é que setores como construção civil, tecnologia e serviços financeiros se beneficiem diretamente desse aumento na arrecadação. Por outro lado, o aumento da carga tributária pode representar um desafio para empresas de menor porte, exigindo uma gestão financeira eficaz e estratégias de otimização de custos”, comenta Luciano Bravo, Diretor Executivo da Inteligência Comercial e Diretor Nacional da Savel Capital Partners.
Empresas brasileiras
Em um momento em que o país busca retomar o crescimento econômico e superar os desafios impostos pela pandemia, nos seis primeiros meses de 2023, o Brasil enfrentou uma realidade alarmante: uma queda expressiva no número de empresas em operação. Segundo dados levantados pela Contabilizei, o país “perdeu” um total de 427.934 empresas, abrangendo desde microempreendedores individuais até empresas de grande porte.
“O contraste é muito grande. Recentemente economistas apontavam que o Brasil irá se tornar a 8ª maior economia do mundo. Como ainda tantas empresas fecham? A falta de auxílio do Estado ao empreendedor pode explicar”, diz Luciano.
A força da economia brasileira é resultado de uma combinação complexa de fatores, como recursos naturais, exportação de commodities e setor de serviços crescente. “O apoio às empresas e ao empreendedor acaba surgindo dos lugares que menos se imagina. A principal tarefa dos pequenos e médios empresários brasileiros é se reinventar”, finaliza Luciano.