Essencial para quem quer crescer na vida, democratização da educação financeira é urgente, defende o especialista Carlos Magno
A inadimplência está crescendo no Brasil. Isso é o que mostram os dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que indicou no acumulado de 2022 até outubro, que o setor bancário desembolsou R$ 4,9 trilhões em concessões de crédito, com crescimento de 23,2% em 12 meses. Crédito esse que trava uma batalha com a inversão da curva de inadimplência. A elevação do número de pessoas que não cumpriram com as obrigações foi um reflexo do aumento da inflação nos últimos anos e da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. A inadimplência, que estava em 2,3% no final de 2021, atingiu 3% no final de outubro de 2022, e ainda deve aumentar ainda mais em 2023.
A única forma de reverter esse cenário é com um investimento simples: em educação financeira, disciplina fundamental para saber como planejar e organizar as finanças e conquistar a tão sonhada independência financeira na vida pessoal e nos negócios. Para a jornalista especialista em finanças Nathalia Arcuri, a educação financeira da sociedade não deve ser encarada como uma responsabilidade única da criança. “É importante que os adultos que não tiveram essa educação na infância se responsabilizem e não coloquem sobre a próxima geração essa responsabilidade que é sua”, disse ela em entrevista ao UOL.
E, de fato, ela tem razão. Para o especialista Carlos Magno, referência em investimentos, o assunto precisa ser de interesse de todas as pessoas, não importa em que patamar estejam. “Enquanto as pessoas continuarem pensando que entender de investimentos é assunto para economistas, executivos e milionários, eles continuarão pobres.”, reflete ele, que tem mais de 700 mil seguidores no Instagram e ficou milionário aos 23 anos. Ele se tornou mentor do ‘’MVI’’, um dos mais populares programas de treinamento financeiro da internet no Brasil, voltado para quem deseja investir dinheiro por conta própria de forma virtual e abdicou da carreira de advogado para se dedicar aos investimentos na bolsa de valores, o que lhe rendeu o patrimônio atual.
Para quem quer começar no mercado financeiro, o primeiro passo para atingir qualquer objetivo é ter disciplina. Um investidor que não tem disciplina é como se fosse um empreendedor que abre seu negócio e nunca mais aparece para ver como ele está funcionando. Para isso, Magno compartilha suas dicas de ouro para dar o primeiro passo:
- Identifique o seu perfil de investidor constantemente (sim, ele pode mudar com o passar do tempo);
- Faça um planejamento financeiro a todo momento, traçando objetivos, metas e prazos (não precisa ser uma planilha do Excel toda montada – faça como preferir);
- Crie uma reserva de emergência (antes de arriscar, se garanta);
- Diversifique sua carteira de investimentos com várias alternativas disponíveis (já diz o ditado: não coloque todos os ovos na mesma cesta);
- Acompanhe sempre os resultados (disciplina e constância!).
“Definitivamente, não é preciso ser rico para começar a investir, mas é preciso investir para um dia ser rico”, finaliza Magno, que se ancorou na educação financeira e hoje costuma exibir a vida de luxo que leva nas redes sociais, com direito a carros e contas de jantares caros.