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Asma e inverno: medicamentos via infusão são estratégias avançadas para controle da doença

Foto por: CNordic Nordic/ Unsplash Images
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Mudanças bruscas de temperatura potencializam as chamadas “doenças de inverno” e inovações terapêuticas, como os imunobiológicos, contribuem para reduzir complicações e melhorar a qualidade de vida

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que acomete aproximadamente 340 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, há cerca de 20 milhões de asmáticos, entre crianças e adultos. Anualmente, ocorrem 350 mil internações devido a casos mais extremos, sendo a terceira maior causa de hospitalização no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os anos de 2019 e 2023, foram registradas 12.195 mortes por asma no país. Já no primeiro semestre de 2024, este número chegou a 883₁.

“A chegada do outono/inverno traz o alerta para as ‘doenças do inverno’, como rinite alérgica, asma, sinusite, exacerbações de bronquite crônica, DPOC (doença obstrutiva pulmonar crônica), enfisema pulmonar e pneumonias. Esse aumento ressalta a importância de inovações terapêuticas para reduzir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirma Elie Fiss, pneumologista do Alta Diagnósticos, marca premium que faz parte da Dasa, líder em medicina diagnóstica do Brasil.

Desafios do inverno para os asmáticos

Especialmente para quem sofre de asma, o inverno traz consigo uma série de desafios, ainda mais se a doença apresentar a forma grave. O clima seco, as variações de temperatura e o aumento da circulação de poeira e pólen tornam o ambiente propício ao surgimento e agravamento das alergias respiratórias. Além disso, vírus respiratórios circulam mais intensamente nessa época, contribuindo para a piora dos sintomas asmáticos. Pacientes com asma grave costumam observar uma frequência aumentada de crises devido à maior exposição a esses fatores desencadeantes.

Diante desse cenário, a inovação no tratamento da asma grave tem avançado com abordagens cada vez mais eficazes e direcionadas. “Os cuidados com a asma concentram-se em tratar a inflamação , fazer a broncodilatação e prevenir infecções. Muitas vezes, o tratamento inicial envolve broncodilatadores de longa duração com corticoide inalatório “, recomenda o especialista do Alta Diagnósticos.

Terapia de infusão e biológicos

Os medicamentos biológicos, como o dupilumabe e o omalizumabe, representam um grande passo para o manejo da asma grave. Esses tratamentos são
administrados por infusão ou injeção e atuam bloqueando moléculas específicas do sistema imunológico que provocam a inflamação das vias aéreas. O resultado é a redução do número de crises, menor necessidade de corticosteroides orais e uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Recentemente, o SUS ampliou o acesso a esses medicamentos inovadores, incorporando o dupilumabe e o omalizumabe à sua lista terapêutica para tratamento da asma grave não controlada.

Hoje, tratamentos via infusão podem ser feitos em Centros adequados para a aplicação de medicamentos biológicos fora do ambiente hospitalar. “O crescimento de mercado das terapias via infusão está relacionado com o movimento de desospitalização que acontece em toda a área de saúde, no qual pacientes crônicos que não necessitam da infraestrutura hospitalar podem receber tratamento de qualidade em áreas reservadas e preparadas das unidades de medicina diagnóstica. A terapia infusional é recomendada para tratamentos de doenças crônicas não transmissíveis- que vêm crescendo ano após ano, de acordo com relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)², de 2024”, afirma Rosana Richmann, médica infectologista e consultora em vacinas do Delboni e Salomão Zoppi

Segundo a especialista, essas inovações representam um avanço significativo para pacientes com asma grave, permitindo tratamentos cada vez mais personalizados e eficazes, proporcionando maior controle da doença e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida de quem convive com essa condição—especialmente nos meses de outono, quando os quadros alérgicos tendem a se intensificar.

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