Estilo de vida, fatores de risco e integralidade são o foco da saúde preventiva e trazem o indivíduo para o protagonismo de seu cuidado
O mês de abril é marcado pela mobilização pela saúde e qualidade de vida, uma data para pensar em como o estilo de vida e as escolhas diárias que fazemos impacta na nossa saúde e consequentemente na qualidade das nossas vidas.
“É muito importante olhar a saúde para além da doença e o primeiro passo nessa construção é relacioná-la com bem-estar físico, mental e social, ou seja, olhar a partir das decisões diárias que tomamos e que afetam diretamente a nossa qualidade de vida ao longo do tempo”, explica o coordenador médico da Amparo Saúde, empresa do Grupo Sabin, Leonardo Demambre Abreu.
É por isso que a busca pela qualidade de vida encontra na sigla Atenção Primária à Saúde (APS) relevância singular. Definida como primeiro nível de atenção em saúde, a APS tem como característica principal um conjunto de ações em favor da saúde, tanto no contexto individual, quanto no coletivo.
“Atenção Primária à Saúde está refletida nas medidas de promoção, proteção e prevenção adotadas no nosso cotidiano. Quando falamos em APS, estamos falando de desenvolver o cuidado integral e não apenas de tratar doenças. Estamos falando em apoiar um indivíduo na promoção do seu autocuidado”, afirma Silvia Vilas Boas, Gerente da Amparo Saúde.
A APS ganhou dimensão ainda maior no contexto da pandemia. “A crise sanitária nos revelou o quanto as chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) impactam sobre a saúde e a qualidade de vida. Segundo a OMS elas representam 72% das mortes em todo o país.
As DCNT se dividem em vários grupos, entre os principais estão as doenças cardiovasculares, as neoplasias malignas (cânceres) e a diabetes melittus. O que elas têm em comum? “Os sintomas aparecem quando a doença já está mais avançada, o que dificulta o controle e a cura. Além disso, são doenças possíveis de serem prevenidas na maioria dos casos, por meio de avaliações médicas de rotina, exames e principalmente mudança de hábitos”, destaca Leonardo.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que este ano serão aproximadamente 400 mil óbitos por doenças cardiovasculares e segundo a OMS, 80% dos fatores de risco são evitáveis, como o sedentarismo, má alimentação, tabagismo, obesidade, hipertensão, diabetes e dislipidemia – níveis de colesterol e triglicérides elevados. É para essas causas que é preciso estar atento quando se trata de saúde.
O médico reúne aqui cinco dicas para quem quer ter hábitos que promovam mais qualidade de vida e saúde e que todas as pessoas podem adotar:
- Priorize uma alimentação rica em nutriente, com frutas, verduras, legumes e proteínas magras diariamente no cardápio, desta força você favorece a manutenção do peso corporal. Para quem está acima do peso, nada de dieta restritivas e sim reeducação alimentar;
- Mantenha o corpo em movimento, com a prática de atividades físicas regularmente, 150 minutos por semana já traz um imenso benefício para o sistema cardiovascular e também para a saúde mental;
- Dedique mais tempo aos momentos de lazer e felicidade com pessoas que te façam se sentir bem e que podem fazer muita diferença no seu cotidiano. Acredite, fortalecer as relações impacta muito na saúde;
- Mantenha contato com a natureza. Estudos mostram que esse contato promove relaxamento, reduz o estresse e melhora a qualidade do sono;
- Dê atenção aos sinais do seu corpo e busque uma equipe de saúde regularmente. O diagnóstico precoce garante melhores resultados nos tratamentos às doenças;
“E, a principal dica é busque apoio! O autocuidado muitas vezes é um desafio e para isso profissionais de saúde podem ajudar com acompanhamento, técnicas e recursos para engajar e estimular o indivíduo no alcance das suas metas. É o que chamamos de autocuidado apoiado e estamos prontos para fazer, dentro da perspectiva da Atenção Primária a Saúde”, conclui o médico.