Automação financeira: inovação que fortalece a gestão e melhora resultados

Automação financeira: inovação que fortalece a gestão e melhora resultados / Foto: Freepik
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Mais do que uma atualização tecnológica, a automação financeira representa uma mudança cultural dentro das empresas

Segundo o relatório Robotic Process Automation in BFSI, publicado pela Global Market, em 2024, o mercado mundial de RPA aplicado ao setor bancário e financeiro movimentou aproximadamente US$ 860,75 milhões em 2023. Mantida a taxa de expansão anual de 40%, a projeção é de alcançar quase US$ 9 bilhões até 2030.

Embora seja um setor em expansão, no cotidiano daqueles que vivem seus dias imersos no universo corporativo, cuidar das finanças empresarial nunca foi uma tarefa simples. Um grande volume de planilhas, conferências manuais, o risco constante de um detalhe passar despercebido do controle: todas estas questões sempre fizeram parte da rotina dos times financeiros.

No entanto, sobretudo pelo avanço da tecnologia nos últimos anos, a realidade mudou significativamente. De fato, a automação vem ganhando cada vez mais espaço, justamente por aliviar esse peso, trazendo segurança, velocidade, clareza e fluidez na gestão do dinheiro em todas as etapas dos processos produtivos.

Muito mais do que somente a digitalização de determinados processos, estamos falando sobre uma transformação concreta da cultura empresarial. Deixando, portanto, que a tecnologia cuide das tarefas repetitivas e concedendo às pessoas, por consequência, a chance de dedicar suas energias a pensar o futuro do negócio.

O que é automação financeira e quais são seus benefícios?

Na prática, a automação financeira significa contar com os sistemas responsáveis por executar de forma automática determinadas atividades que, no passado, dependiam exclusivamente do trabalho humano. A automação, em uma analogia simples, é como ter na equipe de trabalho um colaborador que não cansa, não perde prazo e não comete erros por distração ou outras questões.

Trabalhos como conciliação bancária, emissão de notas fiscais, atualização do fluxo de caixa, acompanhamento de inadimplência, entre outros, são atribuições que podem ser realizadas de forma integrada, com dados que se atualizam em tempo real.

Implementar a automação pode surtir efeitos muito positivos nas equipes de trabalho. Acontece que, quando há tarefas repetitivas, como aquelas baseadas na concepção fordista enquanto modelo funcional, elas ficam a cargo de sistemas inteligentes, e a equipe financeira pode respirar e assumir ações mais estratégicas.

Neste caso, em vez de gastar horas revisando incontáveis números, o foco fica na interpretação de dados, na sugestão de melhorias e em apoiar os gestores em decisões importantes. Pensando nas pequenas e médias empresas, este fator é um tanto decisivo: crescer sem precisar inflar a infraestrutura administrativa. Além disso, outro ganho encontra-se na integração.

Ao conectar o setor financeiro a sistemas de vendas, estoques ou atendimento, a empresa passa a ter uma visão unificada do todo. Neste contexto, o todo costuma sempre ser maior que a soma de todas as partes. Isso evita retrabalho e dá aos gestores um panorama claro da saúde do negócio, facilitando as decisões.

No entanto, é preciso compreender que adotar um sistema exige cuidado. Na realidade, um software de automação financeira precisa ir além do básico. Ele deve, portanto, dialogar com os sistemas que a empresa já usa no seu cotidiano, oferecendo relatórios personalizados, suporte de qualidade e, especialmente, garantindo a segurança dos dados.

Em síntese, automatizar as finanças pode, em um primeiro momento, parecer uma tarefa teoricamente simples. Na prática, não é bem assim. Trata-se, em última instância, da transformação na forma como a empresa enxerga o próprio tempo e o papel das pessoas no processo produtivo como um todo.

A tecnologia foi desenvolvida para conceder tempo a dedicação de tarefas que as máquinas não conseguem fazer, pois interpretar os dados da realidade exige mais do que a lógica binária. No fim, a automação abre espaço para que o setor financeiro assuma um papel estratégico no futuro das organizações.

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