Propagação rápida e em larga escala da tecnologia de IA entre os setores já está transformando as indústrias, de acordo com a nova análise da Bain & Company e Uipath
É inquestionável que 2023 seja o ano da IA. De acordo com a pesquisa da consultoria global McKinsey, realizada no ano passado, a adoção da Inteligência Artificial (IA) nas empresas mais que dobrou nos últimos cinco anos com o nível de investimento na tecnologia registrando um salto na mesma proporção e dois em cada três líderes consideram hoje a IA prioridade máxima nos investimentos, segundo estudo da Accenture. Além disso, a propagação rápida e em larga escala da tecnologia de IA entre os setores já está transformando as indústrias, de acordo com a nova análise da Bain & Company e Uipath.
“Mas há um descompasso aí. Apesar de tantas organizações e indústrias investindo na IA, ainda há uma lacuna substancial entre querer implementar a tecnologia e realmente estar preparado para utilizá-la e usufruir de todo o seu valor real”, diz Edgar Garcia, VP da UiPath para a América Latina.
O relatório global Trends in IA 2023, da S&P Global mostra que aproximadamente 50% das lideranças em TI consultadas dizem que suas organizações ainda não estão maduras o suficiente para implementar a tecnologia e projetam que pode levar cinco anos ou mais para que a IA, generativa ou não, esteja perfeitamente integrada em seus fluxos de trabalho.
“É bastante tempo, principalmente levando em consideração que quem consegue explorar o potencial da tecnologia se distancia, isto é, cada vez mais ganha vantagem no espaço competitivo do mercado. Mas a automação digital é o empurrão que pode ajudar as empresas a capitalizar a IA nessa jornada”, declara Edgar.
Segundo ele, isso é real porque a automação corporativa, organizada em torno de um hub ou Centro de Excelência (CoE), por exemplo, trabalha em estreita colaboração com todas as unidades de negócios da empresa, flexibiliza e empodera a força de trabalho, e facilita o uso da IA para executar qualquer ideia ou inovação identificada para ganhar eficiência.
“Com o desenvolvimento de um hub de automação, temos visto empresas nas quais a definição de onde a IA pode ter mais potencial vem não de cima para baixo, mas dos próprios profissionais que atuam nos processos, sejam eles trabalhadores técnicos em TI ou não. São o que chamamos de desenvolvedores cidadãos. E isso economiza tempo e dinheiro”, diz Edgar.
Para empresas complexas e globais, o volume de processos passíveis de serem automatizados pode ser muito grande.
Um exemplo é a Intel, que implementou a IA e a automação no processo tedioso de classificar remessas internacionais. A UiPath ajudou o time Intel a combinar a aprendizagem de máquina com a automação e o resultado foi a classificação de mais de 56 mil produtos em apenas quatro meses, com mais de 99% de precisão.
“É um exemplo prático de como a automação pode dar celeridade ao uso da inteligência artificial nas empresas, com segurança e eficácia”, finaliza Edgar.