B3 atualiza o índice ICO2 para incentivar o mercado na transição para uma economia de baixo carbono

Foto: Divulgação/ B3
Foto: Divulgação/ B3

Nova metodologia amplia o número de companhias elegíveis e estabelece novos critérios para seleção de empresas comprometidas com as melhores práticas na emissão de gases de efeito estufa

A B3, a bolsa do Brasil, anuncia uma nova metodologia para o ICO2 B3 (Índice Carbono Eficiente), indicador que, atualmente, reúne companhias que divulgam suas emissões de gases de efeito estufa (GEEs). A nova metodologia vai ampliar o número de empresas elegíveis e atualizar os critérios de avaliação para seleção daquelas comprometidas com as melhores práticas nessa agenda.

Além de passar a considerar dados de fontes públicas e o uso da plataforma ESG Workspace no processo de coleta dos dados, a B3 incluiu critérios de seleção relacionados à eficiência e a qualidade na gestão de emissões. Isso, será avaliado por meio do coeficiente entre emissões de GEEs e a receita bruta, além de um score relacionado à gestão do tema de mudanças climáticas pelas companhias. Antes, as empresas elegíveis só precisavam informar seus dados de emissões e receita para entrar no índice.

Com a nova metodologia, a B3 reforça sua estratégia de liderar a indução da agenda ASG no mercado brasileiro, ao mesmo tempo em que oferece novas possibilidades de produtos relacionados a essa pauta e estimula as empresas a serem mais transparentes e eficientes na transição para uma economia resiliente e de baixo carbono.

Nova metodologia do ICO2 B3

Para entrar na carteira do ICO2 B3, a partir de janeiro de 2025, as empresas precisarão cumprir alguns requisitos, como fazer parte do Índice Brasil Amplo (IBrA B3, que reúne atualmente 172 companhias de acordo com critérios de liquidez). A partir desse universo, a B3 calcula o Score de Gestão de Emissões de Gases de Efeito Estufa para cada companhia com o objetivo de avaliar a adoção de práticas de gestão que indicam melhoria na eficiência das emissões ao longo do tempo.

Confira critérios de entrada:

  • Fazer parte da carteira do Índice Brasil Amplo (IbrA B3);
  • Validar e autorizar o uso das informações relacionadas às emissões de GEE e respectivas práticas de gestão na plataforma ESG Workspace;
  • Estar entre 75% (setenta e cinco por cento) das empresas que menos emitem gases de efeito estufa proporcionalmente à receita e, ao mesmo tempo, possuir Score de Gestão de Emissões de GEE superior ao seu setor.

A metodologia completa com todos os critérios você encontra no link.

“A B3 quer oferecer um índice que reflita a preocupação das empresas com uma economia de baixo carbono. Estamos aperfeiçoando o ICO2 B3 e trazendo critérios que indicam boas práticas corporativas reconhecidas internacionalmente para a gestão de emissões de gases do efeito estufa. Isso será um instrumento de apoio para as empresas na construção de um horizonte de maior eficiência nas emissões e avanço da transição energética”, destaca Henio Scheidt, Gerente de Índices da B3.

A atualização do ICO2 B3 contou com a parceria do BNDES, importante indutor do mercado de fundos e índices no país, e da BlackRock, gestora do ETF iShares ECOO11, fundo de índice atrelado ao ICO2 e que existe desde 2011.

“O BNDES acredita no potencial dos ETFs para promover o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro e tem orgulho de ter participado da criação do Índice Carbono Eficiente (ICO2), em 2011, e do ETF ECOO11, em 2012, que foi o primeiro ETF com o tema ESG no Brasil. A revisão da metodologia do ICO2 é essencial para que ele fique mais aderente às demandas do mercado atual em relação às melhores práticas de sustentabilidade. Com essa atualização, esperamos poder atrair mais recursos de pessoas físicas e investidores institucionais para o ETF ECOO11”, declara Alexandre Correa Abreu, Diretor de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES.

“A BlackRock sempre trabalha para ampliar e aprimorar o leque de produtos disponíveis aos investidores, permitindo que eles construam estratégias cada vez mais diversificadas, de forma ampla, acessível, democrática, simples, com transparência e baixo custo. Por meio do ETF iShares ECOO11 os investidores têm acesso a uma ferramenta que os ajudam a alcançar os objetivos de investimento. Além disso, expõem suas carteiras a um tema atual bastante relevante, que é a transição energética”, afirma Paula Salamonde, Diretora do segmento institucional e iShares ETF da empresa no Brasil.

Conheça o ICO2 B3

O Índice Carbono Eficiente da B3 foi lançado em 2010, com o objetivo de ser um indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas comprometidas com a transparência de suas emissões. Ele mostra ao mercado quais empresas já deram o primeiro passo em direção a uma economia de baixo carbono, preparando seus inventários de GEEs.

Desde 2020, o ICO2 B3 passou por evoluções graduais. Em 2020, a bolsa ampliou o universo de companhias elegíveis do IBrX50 para o IBrX100. Em outras palavras, passaram a ser elegíveis ao índice as empresas detentoras dos 100 ativos mais líquidos da bolsa, em vez das 50 mais líquidas, como era anteriormente. Em 2023, as empresas precisaram passar a enviar evidências para os dados de seu inventário anual de GEE, garantindo maior robustez metodológica.

Como o investidor pode olhar para o ICO2 B3

Para os investidores interessados em trazer questões ambientais, sociais e de governança corporativa para sua carteira, uma opção é investir em índices que reúnem os ativos que se destacam nessas áreas. Atualmente, a B3 disponibiliza ao mercado 10 índices ASG, com diferentes teses de investimento. Esses índices podem ser replicados por fundos ou ETFs, cujo retorno acompanha o desempenho desses ativos – como é o caso do ETF ECOO11, que replica o ICO2 B3.

Com a iniciativa a B3 reforça o compromisso de incentivar as empresas listadas e o mercado em geral a avançar em questões ambientais, sociais e de governança corporativa. “A renovação da metodologia do ICO2 B3 é mais uma oportunidade que mercado financeiro terá para alocar capital nas empresas que focam na gestão e na transição energética. Com os novos critérios de inclusão, buscamos um índice menos intensivo em emissões que mensure minimamente o compromisso que as companhias têm com a agenda climática, aumentando sua eficiência ao longo do tempo, para se possível, se descarbonizar por completo”, afirma Cesar Sanches, superintendente de Sustentabilidade da B3.

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