Novos Contratos de Eventos Financeiros permitem aos investidores a negociação de decisões de taxas de juros dos EUA, Europa e México, como já acontece com as Opções de Copom para a taxa de juros brasileira
A B3, a bolsa do Brasil, anuncia o lançamento de três contratos de Opções de Política Monetária internacionais. Trata-se de um novo instrumento que permite a negociação, de forma segura e transparente, das decisões sobre as taxas básicas de juros dos EUA, da Europa e do México. O modelo é similar ao das Opções de Copom, que foram lançadas pela B3 em 2020.
“As Opções de Copom foram um derivativo inovador quando as trouxemos para o nosso portifólio de produtos de juros. Agora estamos ampliando esse portifólio, atendendo a uma demanda do mercado para negociar outras decisões de política monetária que geram impacto para a economia ao redor do globo”, diz Felipe Gonçalves, superintendente de Produtos da B3.
Esses contratos, além de permitirem a negociação de forma simples, também são usados como um indicador das expectativas dos investidores sobre as decisões monetárias.
“Trata-se de um produto padronizado, no ambiente da bolsa de valores, transparente e que amplia o leque de estratégias disponíveis para proteção das carteiras de investimentos”, complementa Felipe Gonçalves.
Os três novos Contratos de Eventos Financeiros lançados pela B3 são:
- Opção de Decisão de FED (Federal Reserve), dos Estados Unidos (ticker: FED);
- Opção de Política Monetária do México (ticker:TOM) e
- Opção de Política Monetária da Europa (ticker: DFE).
O prêmio negociado pelos Contratos de Opção de Política Monetária pode variar em uma escala de 0 a 100 pontos e reflete diretamente a probabilidade de ocorrer determinado cenário. Cada ponto vale uma unidade da moeda de cada país (dólar americano, peso mexicano ou euro) e cada strike (preço de exercício) representa uma possível variação da taxa de juros.
O investidor assume uma posição com base em sua expectativa em relação à decisão de política monetária — se a taxa será mantida, reduzida ou elevada, e em que proporção.
Na negociação da Opção, o investidor paga (no caso do titular) ou recebe (no caso do lançador) um prêmio, que varia de 0 a 100 pontos. Esse prêmio reflete a probabilidade atribuída pelo mercado à concretização do cenário representado pela Opção.
Caso o cenário se confirme na data de vencimento, a Opção é exercida, e o titular recebe o valor total, equivalente aos 100 pontos, pago pelo lançador. Em qualquer outro cenário, a Opção não gera pagamentos adicionais, e o resultado da operação se limita ao prêmio pago ou recebido no momento da negociação.
Assim como acontece com as Opções de Copom, a negociação dos novos contratos ocorre até o fim do pregão no dia em que a autoridade monetária divulga sua decisão sobre a taxa de juros. O vencimento dessas Opções ocorre no dia útil seguinte à divulgação.
