Mudança no mix da carteira de crédito e melhora na qualidade de ativos favorecem resultados positivos do trimestre
O Banco Bmg (B3:BMGB4) encerrou o segundo trimestre de 2025 com um lucro líquido recorrente de R$ 125 milhões, alta de 19% em relação aos R$ 105 milhões apurados no mesmo período de 2024. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROAE) passou de 10,8% a.a. para 14,3% a.a. – incremento de 3,5 pontos percentuais no período, na mesma base de comparação.
A mudança no mix da carteira de crédito, aumentando exposição aos produtos core e reduzindo carteiras menos rentáveis, e a melhora na qualidade de ativos favoreceram o resultado positivo. Combinados com o fortalecimento do capital, entregam mais um trimestre de números consistentes e em linha com o plano estratégico da gestão.
“A evolução de nossos indicadores reafirma nossa capacidade de execução e mostra que estamos no caminho certo ao buscar rentabilidade pelo crescimento dos ativos core e pela melhoria contínua da experiência do cliente. São esses pilares que nos permitirão um crescimento sustentável no longo prazo”, diz Felix Cardamone, CEO do Banco Bmg.
Entre as iniciativas que tiveram impacto positivo, estão as duas captações com o menor prêmio de risco da história do Banco em suas categorias, realizadas neste trimestre: uma emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures de cinco anos com lastro em cartões consignados a CDI+ 1% a.a. e outra de Letras Financeiras de 2 anos com taxa CDI + 1,45% a.a.
O acesso ao mercado nesse patamar é reflexo da confiança dos investidores institucionais, na qualidade do Banco como emissor. No período, a agência de classificação de risco Fitch Ratings reafirmou o Rating Nacional de Longo Prazo do Banco em A(bra), elevando a perspectiva de estável para positiva.
Outro marco do período foi a conquista novamente da certificação Great Place to Work conquistando três importantes reconhecimentos: o Banco está entre as três melhores instituições financeiras para trabalhar no segmento de bancos de grande porte e em segundo lugar no segmento de seguradoras de pequeno porte. Ainda, foi o único banco brasileiro a ser reconhecido como destaque em saúde mental pela GPTW. Estas conquistas reforçam o foco em desenvolvimento e geração de valor voltadas também para os colaboradores.
Banco mais relacional
A agenda de transformação do Banco de transacional para relacional também apresentou avanços no trimestre. Do total de R$ 1,8 bilhão em originação de crédito de produtos core, 40% responderam por autocontratação. Já o número de produtos contratados passou para 2,25 por cliente, saltando 15% ante o segundo trimestre de 2024.
Parte disso se espelha no negócio de seguros que segue ganhando relevância dentro da estratégia do banco, com destaque para os prêmios comercializados pela Bmg Corretora, que atingiram R$ 265 milhões no segundo trimestre, alta de 8,5% em relação ao segundo trimestre de 2024. Os prêmios emitidos pela Bmg Seguradora, somaram R$ 112 milhões, aumento de 30,5% na mesma base de comparação.
Dados financeiros
A margem financeira, após o custo de crédito, subiu 19,3% para R$ 891 milhões no segundo trimestre de 2025, favorecida pela geração de receita de crédito e melhora na qualidade dos ativos.
A carteira de crédito atingiu R$ 24,7 bilhões, alta de 1,7% na comparação anual. O Banco vem trabalhando no remix dos ativos aumentando exposição aos produtos consignados e crédito pessoal e reduzindo carteiras menos rentáveis
O índice de inadimplência acima de 90 dias encerrou o trimestre em 3,8%, redução de 0,8 p.p. ante igual período de 2024 – entre os menores patamares desde o IPO do Banco. Já o índice de cobertura do período ficou em 207,8%, refletindo o conservadorismo do Banco.
O Bmg encerrou o segundo trimestre de 2025 com Índice de Basileia de 12,7%. Ainda com o foco em fortalecer o capital, o Banco anunciou, em julho, um aumento de capital de R$ 35,4 milhões até R$ 49,5 milhões, reforçando o comprometimento dos acionistas controladores.