BB Previdência supera meta de rentabilidade no primeiro semestre

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Entidade atinge 6,68% de retorno consolidado, 1,51 ponto percentual acima da meta estabelecida

A rentabilidade consolidada dos recursos administrados pela BB Previdência, uma das principais entidades de previdência complementar do mercado brasileiro, alcançou 6,68% no acumulado do primeiro semestre de 2025. Esse desempenho superou em 1,51 ponto percentual a meta estipulada pela instituição para o período, de 5,17% – equivalente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) + 4,10% ao ano.
Os retornos foram positivos na maioria dos segmentos. A Renda Fixa, que possui maior peso nas alocações da carteira, foi o destaque proporcional, com retorno acumulado de 6,60% de janeiro a junho. Por outro lado, em termos percentuais, o portfólio de Renda Variável garantiu a maior rentabilidade, de 16,26%, superando a valorização de 15,44% do Ibovespa no primeiro semestre de 2025, se destacando como melhor segmento na primeira metade do ano.
No segmento Estruturado, o retorno foi de 6,52%. Já os investimentos no Exterior, principalmente em bolsas dos Estados Unidos, apresentaram variação negativa de 2%. Esse impacto, no entanto, foi pequeno devido à baixa exposição nesse mercado (aproximadamente 2% do total de ativos alocados) e ao ganho expressivo de cerca de 35% registrado em 2024, período que a carteira tinha exposição superior nesse segmento, explica Ricardo Serone, Diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência, empresa que faz parte do conglomerado Banco do Brasil.
O desempenho positivo resulta da estratégia de alocação da BB Previdência, que tem priorizado alocações em títulos do governo, como a NTN-B – Nota do Tesouro Nacional-Série B, quando possível marcados na curva, acompanhando os índices inflacionários. “Além disso, há maior exposição em CDI – Certificado de Depósito Interbancário, papéis vinculados à Selic, taxa que teve curva ascendente desde 2024”, diz.
Serone ressalta que a resolução do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), aprovada em dezembro do ano passado, que permitiu aos planos de previdência fechados reclassificarem os títulos públicos federais e marcá-los na curva, ou seja, até o vencimento, contribuiu substancialmente para a estabilidade dos retornos em 2025, e deve favorecer a performance nos próximos anos, preservando dessa forma os papéis de longo prazo das oscilações do mercado – a chamada marcação a mercado.
“A BB Previdência realizou um estudo detalhado de todos os planos para averiguar a capacidade de cada um absorver ou não a marcação no vencimento, identificando aqueles aptos a receber papéis com vencimentos mais longos, como as NTN-B 2060 (vencimento em 2060), que retornam IPCA + 7% de ganho real”, explica Serone.

Renda Variável, alocações

Mesmo com os fortes ganhos da bolsa brasileira no primeiro semestre, Serone avalia que, no atual cenário, será mantido  o movimento iniciado pela entidade, em meados do primeiro semestre, de ampliar as alocações em renda fixa, para em torno de 90% do total dos recursos administrados, uma alta de aproximadamente 7 pontos percentuais comparativamente a 2024. Independente desse aumento, a BB Previdência mantém o acompanhamento constante de todos os segmentos.
 
“Os ativos da bolsa estavam bem descontados. Foi uma valorização necessária. Mas este está sendo um ano de muitas incertezas e volatilidade nos mercados, principalmente de renda variável, diante de importantes conflitos geopolíticos e do acirramento da política tarifária do governo americano afetando o comércio mundial, agora, especialmente as relações com o Brasil, o que também impacta câmbio e preços de commodities essenciais”, diz Serone.
A questão fiscal no Brasil, com o desequilíbrio das contas públicas federais e as dificuldades de negociação com o Congresso Nacional, também é apontada como fator de instabilidade no cenário doméstico. “Os participantes de planos previdenciários ficam inseguros com movimentos bruscos no mercado que interferem nos retornos de curto prazo, mesmo que eles saibam que ao final, no longo prazo, temos planejamento de alocações para assegurar as metas de rentabilidade estabelecidas”, observa o Diretor da BB Previdência.

Retorno mensal

Em junho, a rentabilidade consolidada dos planos administrados pela entidade foi de 0,85%, superando também a meta de referência para o mês, de 0,56%. O resultado foi impulsionado principalmente pelo segmento Estruturado, com retorno de 1,88% no período. Em Renda Variável,  o ganho foi de 1,39% no mês, e em Renda Fixa de 0,79 %. “Esses resultados refletem a sólida estratégia de investimentos da BB Previdência, capaz de garantir metas de longo prazo e superar desafios conjunturais.”
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