O auditório da nova sede do Sincor-PA recebeu, na manhã do último dia 19 de agosto, o evento “Fortalecendo a Economia: Diálogo, Seguro e Sociedade”, que reuniu lideranças do setor de seguros, representantes de entidades empresariais e autoridades públicas para discutir os impactos do mercado segurador na economia paraense e suas conexões com a COP 30, que será sediada em Belém em 2025.
O encontro foi marcado por três painéis temáticos. No primeiro, mediado por Margarete Braga, presidente do Sincor-PA, o debate girou em torno da COP 30 e da Casa do Seguro, espaço que será instalado em Belém com acesso gratuito ao público. A superintendente de Sustentabilidade da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Luciana Dall’Agnol, destacou que a iniciativa visa aproximar a sociedade do setor, ampliando o conhecimento sobre a função social do seguro.
Ao seu lado, Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae-PA, ressaltou que a preparação para a COP 30 envolve não apenas infraestrutura, mas também educação empresarial. Segundo ele, o Sebrae, assim como a CNseg, tem um papel de educar e preparar empreendedores, especialmente os pequenos, para que aproveitem as oportunidades geradas por eventos dessa magnitude.
O segundo painel, conduzido por Edmir Ribeiro, presidente do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), teve como tema “A importância do seguro para a sociedade e para a economia”. Nele, os corretores Antônio Jorge Vidigal de Souza, com mais de 30 anos de experiência, e Wilson Pantoja, com atuação na área comercial, compartilharam vivências práticas, defendendo que o seguro seja compreendido como investimento estratégico, e não apenas como custo.
O terceiro e último painel, mediado por Luiz André, delegado da Fenacor, discutiu “Como proteger o setor produtivo local”. O vereador Augusto Santos, autor da lei que instituiu a Semana Municipal do Seguro em Belém, defendeu a criação de novas normas que garantam maior segurança à população em grandes eventos, como seguros obrigatórios para transporte e atividades coletivas.
Já Valber Cordeiro, presidente da Federação das Micro e Pequenas Empresas do Pará, destacou a necessidade de conscientizar os pequenos empresários sobre a proteção patrimonial, reforçando que para micro e pequenas empresas, o seguro é um investimento essencial para a sobrevivência e sustentabilidade dos negócios.
Encerrando o painel, Wigor Oliveira, corretor de seguros e presidente do Conjove/ACP, trouxe reflexões de sua participação na COP 28 em Dubai, relacionando experiências internacionais com os desafios que Belém terá em 2025. Segundo ele, grandes eventos demandam infraestrutura e planejamento de riscos, e o seguro deve ser parte central dessa estratégia.
“O evento foi um passo importante para aproximar o mercado segurador da sociedade e reforçar seu papel no desenvolvimento econômico regional. Com discussões que uniram sustentabilidade, empreendedorismo e proteção patrimonial, o encontro deixou claro que o seguro será peça-chave para o sucesso da COP 30 em Belém e para a segurança das atividades econômicas no Pará”, afirmou Edmir Ribeiro, presidente do Sindsegnne.