Colunista do Universo do Seguro demonstra como empresas de corretagem podem lidar melhor com processos de mapeamento e com a transformação digital
Hoje, principalmente com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é impossível uma Corretora de Seguros não mapear os processos de vendas. Isso já começa pela obrigatoriedade de haver, no mínimo, um sistema por trás.
O mapeamento de todos os processos permite análises estratégicas de vendas, identificar oportunidades de negócios, aferição da eficiência do time e muito mais. Ou seja: mapear processos não é só importante, mas é essencial.
Para não engessar a finalidade do negócio, é preciso utilizar métodos de mapeamento de processos que possuam aderência com o seu negócio através de ferramentas apropriadas.
Não adianta essa coisa de achar um fornecedor de uma ferramenta e adaptar, fazer uma gambiarra.
Na Pentagonal, em virtude do tamanho da nossa operação, recebo muitas propostas de fornecedores com sistemas e ideias mirabolantes que não conseguem, por exemplo, absorver uma operação do tamanho da nossa. Digamos que eu não analisasse e contratasse este fornecedor, o caos na operação seria instaurado imediatamente.
Somos um mercado regulamentado e em constante mutação, precisamos estar sempre analisando os sistemas operacionais para que se adaptem à realidade das novas normas de produtos e preferências do consumidor.
O mundo globalizado faz com que o público tenha a necessidade de novas demandas constantemente.
A própria pandemia foi um exemplo disso. Foi um fator que impulsionou de vez o Seguro de Vida em todo o mundo.
O brasileiro, especificamente, deixou de ver o produto como algo sem importância e passou a contratar.
A importância da tecnologia
Acredito sempre na eficiência das ferramentas tecnológicas como um meio para aumentarmos nossas vendas, otimizarmos processos e termos uma visão mais clara sobre o todo.
Contudo, é preciso olhar para a tecnologia como um meio e jamais como um fim. Ou seja, algo que substituirá o papel humano do Corretor.
Está mais do que comprovado que os clientes, e me sinto à vontade para falar de Brasil e Europa (mercados que conheço), fecham negócios com riscos relevantes apenas com a assessoria de um Corretor de Seguros. Isso acontece deste o processo de tomada de preços até o fechamento do negócio em si.
Conclusão
Volta e meia surge um novo “gênio” no mercado prometendo que achou o pote de ouro das insurtechs e depois de alguns anos, algum reboliço e o dinheiro do investidor ter ido para o ralo, vão parar nos cemitérios das startups. E por quê? Porque investem em ferramentas de vendas automáticas achando que irão tirar o ser humano do processo e não investem em ferramentas de meio, que irão dar suporte ao ser humano.
Essas ferramentas de vendas automáticas só funcionam no mercado de microsseguros, por não oferecerem um risco relevante ao cliente. Neste caso nem o corretor deseja se envolver no processo e nem o cliente acha que seria importante.