Serão aportados, inicialmente, R$ 50 milhões em startups em estágio inicial
Em mais uma iniciativa ligada à inovação, o BRB lançou nesta segunda (13) um fundo de Corporate Venture Capital, uma das modalidades de investimentos que mais cresce no mundo. O BRB Venture Capital Fundo de Investimento em Participações – Capital Semente foi criado para colaborar no fomento a startups em estágio inicial em todo o País. O fundo será liderado pelas empresas KPTL e pela Bossanova Investimentos, vencedoras da seleção lançada com objetivo de estruturar, selecionar e administrar os recursos. Serão aportados, inicialmente, R$ 50 milhões.
“O BRB tem como propósito transformar a vida das pessoas e promover desenvolvimento econômico, social e humano, por meio de soluções financeiras, de meios de pagamento e de seguridade. Agora, levaremos esse propósito ainda mais adiante, investindo em empresas que trarão novas possibilidades para a sociedade”, afirma o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.
De acordo com João Kepler, CEO e fundador da Bossanova, venture capital mais ativa da América Latina, é pelo histórico da gestora, que opera desde 2015 e já passou de mais de 1.700 startups investidas, que hoje é possível mostrar resultado para as grandes corporações e fomentar a modalidade. “Com a nossa atuação, focada em pré-seed e seed, junto à KPTL, que é um dos players mais relevantes no mercado de investimento em startups no seed e séria A, o fundo vai ter um olhar 360º nas soluções”, conta Kepler.
Ainda segundo ele, se observa no mercado um aumento de grandes empresas interessadas em fazer negócios ou investir em startups. Foi seguindo esta tendência que, neste ano, a Bossa Nova transformou sua área de CVC em diretoria, ampliando sua procura ativa por empresas para fomentar a parceria de startups. “O Corporate Venture Capital está crescendo muito. O mercado corporativo também abriu o olho para as startups definitivamente. Não à toa crescem os investimentos desse tipo e fusões e aquisições envolvendo startups”, completa. A segunda edição do Bossa Summit, evento da gestora focado em conectar investidores, startups e corporações, também acontece acompanhando esse crescimento. Serão dois dias de palestras, em 23 e 24 de março, que contarão com a presença de corporações como Ambev; Ânima Educação; Ifood e Natura.
Em sua estratégia, o novo fundo terá duas grandes frentes para a composição do portfólio. A primeira é o foco no desenvolvimento de empresas e empreendedores em estágios iniciais de maturidade, por meio de educação, formação e inserção de processos. Em um segundo momento, o foco será no reinvestimento nas melhores empresas que tiverem demonstrado tração nas verticais-alvo listadas.
Segundo Thiago Nigro, sócio da Bossanova, as startups continuarão a puxar o mercado, mesmo no atual momento socioeconômico, com a alta taxa de juros. “Não existe nada mais rentável que negócios e a chave para sobreviver e aproveitar oportunidades em desafios como os de hoje é a adaptabilidade”, diz.
“No patamar que está, a grande parte das empresas — em especial aquelas de capital aberto — tem boa parte de seu valor ajustado para baixo, já que a maior do resultado de uma companhia acontece no futuro, e o dinheiro fica mais caro. Em geral, uma taxa que temos hoje costuma vir acompanhada de grandes recessões, mas startups em early stage costumam responder rápido a mudanças, pois têm menos amarras e são mais ágeis na mudança de rotas e na adaptação ao novo cenário”, explica Nigro.
Protagonismo e inovação
O BRB é protagonista no incentivo à inovação. Em maio de 2021, inaugurou o BRB LAB, o seu Centro de Inovação Tecnológico, localizado no Parque Tecnológico Biotic, em Brasília. O objetivo da instituição é seguir estimulando o ecossistema de empreendedorismo e inovação local, e buscar novas tecnologias e soluções voltadas para o sistema financeiro, governo e cidadãos. Em relação às startups localizadas no Distrito Federal, o BRB apoiou, por exemplo, o investimento na “Auvo”, empresa destaque no portfólio do Fundo Criatec 2, da qual o BRB é investidor.
A Bossanova atua como consultora de CVC desde 2017, já realizando programas como o Conecta, em 2018, junto à Federação Nacional dos Transportes (CNT), e Inova, com o Sebrae Nacional, que estreou sua segunda edição no último ano. A empresa investe em negócios de tecnologia B2B e B2B2C, em estágio pré-seed, que tenham modelos de negócio digitais e escaláveis. Em 2022, atingiu um total de 85 exits. Está em primeiro lugar em relação ao volume de investimentos e exits de Venture Capital no ranking brasieiro de 2022 da TTR Data, que rastreia M&A, Private Equity, Venture Capital e Mercado de Capitais na América Latina.
A KPTL é uma gestora com quase 20 anos de atuação e que já acumula mais de 110 empresas investidas. Dessas, 67 estão atualmente no portfólio, que conta com iniciativas sólidas de inovação e tecnologia em segmentos como agronegócio, saúde, finanças, energia, ciências da vida, varejo, IoT, entre outros. Sediada em São Paulo, a empresa tem time próprio nos principais centros de inovação do Brasil e segue em busca de startups com consistência e grande potencial de crescimento (“seed’).