O Brasil gerou mais de 278.085 novos postos de trabalho num período de 30 dias. Esse é o resultado da diferença entre as 1.926.572 admissões e os 1.648.487 desligamentos de empregos com carteira assinada em setembro deste ano. Foi o nono mês consecutivo de saldo positivo na geração de empregos formais. No acumulado de 2022, o saldo é de 2.147.600 novos trabalhadores no mercado formal. Os dados são das Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged, e foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 42.825.955 em setembro, o que representa um aumento de 0,65% em relação ao mês anterior. Em todos os meses do ano até aqui, foram registrados saldos positivos na geração de empregos, com média mensal de 238 mil postos.
“O governo, na verdade, não cria postos de trabalho, quem cria postos de trabalho são os empresários, os empreendedores que acreditam no mercado brasileiro. Hoje o empresariado tem muito mais clareza, muito mais transparência e, consequentemente, ele se sente encorajado a investir no mercado brasileiro”, avaliou José Carlos Oliveira, ministro do Trabalho e Previdência. “Isso permite que o Ministério do Trabalho e Previdência faça uma projeção que, até ao final do ano, a gente consiga somar mais ou menos 3 milhões de novos postos de trabalho formais no Brasil”, projetou o ministro.
Em setembro de 2021, o ministério registrou saldo de 330.177 vagas de emprego, o que, quando comparado com o resultado para o mesmo mês de 2022, representa queda de 15,8%. “Nós chegamos àquele pico de contratação natural, que chegamos a 330 mil lá em setembro de 2021. Mas ali, destaque-se que era um período de oscilação, de uma oscilação pendular, de um período de fechamento extremo para um período de abertura extrema, e por isso que se justifica essa variação. A partir de maio, com a estabilização e retomada do comércio e das atividades em geral, nós atingimos um patamar de estabilidade, o que nós chamamos de crescimento sustentado”, explica o secretário de Trabalho, Mauro de Souza.
Empregos nos setores
No mês passado, os cinco grupamentos de atividades econômicas tiveram saldo de empregos positivo. Destaque para serviços, com a criação de 122.562 postos distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.
Na sequência veio o setor do comércio, com saldo positivo de 57.974 postos; indústria, mais 56.909 postos de trabalho gerados; a construção civil fechou o mês com variação positiva de 31.166 postos; e, por fim, a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que criou 9.474 novos empregos.