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Brasil registra mais de 3,8 milhões de novas empresas em 2022

O Brasil encerrou o ano de 2022 com um saldo positivo de mais de 2,1 milhões de novas empresas abertas e registra um total de quase 20,2 milhões de empreendimentos ativos. De acordo com dados do Mapa de Empresas, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), mais de 3,8 milhões de empresas foram abertas e quase 1,7 milhões fecharam as portas. Na comparação com 2021, houve queda de 4,8% no número de aberturas, enquanto 19,8% a mais foram fechadas.

Os dados apontam que os setores de prestação de serviços e comércio representam 81,5% das empresas em funcionamento no país. Segundo os dados, esses setores registraram os maiores números de abertura, cerca de 1,9 milhões, e de fechamento de empresas, 860 mil. Para a assessora técnica-legislativa da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), Ana Lúcia Pascon, a pandemia de Covid-19 influenciou nos números. Ela afirma que a crise de saúde levou empresas a fecharem as portas, o que resultou em mais pessoas no mercado de trabalho.

“Em 2022, nós tivemos um saldo positivo entre as empresas abertas e fechadas, já que abriram mais empresas do que fecharam. Muitas empresas antigas fecharam as portas em decorrência da pandemia, que a gente vivenciou e, em contrapartida, algumas pessoas que perderam emprego passaram a buscar alternativas para não ficar na informalidade. Eram pessoas que estavam contratadas sob regime celetista e resolveram abrir suas próprias empresas e virarem empreendedoras”, afirma.

Os empresários individuais e microempreendedores individuais (MEI) se destacam nos números. Respondem juntos por quase 14 milhões de empresas ativas no país e por mais de 3 milhões dos novos empreendimentos registrados em 2022. Desses, 2,9 milhões são MEIs. O número pode ser explicado pela facilidade de abertura, crédito simplificado e regime especial de tributação aos quais os interessados em ser MEI têm acesso.

Além disso, Ana Lúcia Pascon ressalta que a liberdade proporcionada aos microempreendedores individuais tem atraído cada vez mais pessoas, inclusive aquelas com empregos formais, via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ela lembra que, em muitos casos, a jornada de trabalho é um impedimento para que o profissional forneça serviços a mais de uma empresa.

“Ter uma MEI é interessante porque o microempreendedor pode prestar serviços para diversas empresas. A pessoa que é empregada no regime celetista é diferente. Ela tem uma subordinação, tem jornada de trabalho, tem o salário mensal. E, às vezes, ela não pode trabalhar em mais de um emprego porque a jornada de trabalho não permite que você trabalhe em dois serviços diferentes. Então essa liberdade do indivíduo prestar serviços para diversas empresas acontece no MEI”, explica.

Considerando-se somente as inscrições de Microempreendedor Individual, segundo o Mapa de Empresas, as cinco atividades mais exploradas no ano de 2022 foram promoção de vendas; comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios; cabeleireiros, manicure e pedicure; preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente; e obras de alvenaria.

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Via: Brasil61

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