Seguradora assumirá risco das apólices e insurtech atuará na prevenção dos ataques com tecnologia proprietária
A BS2 Seguros, sociedade entre o Banco BS2 e o grupo sul-africano Traficc, e a Latú, insurtech líder em seguros empresariais, firmam parceria que vai oferecer o primeiro seguro cyber do mercado, criado especialmente para pequenas e médias empresas com contratação fácil e digital. Segundo estudo da IBM, PMEs, em 2022, receberam cerca de 62% dos ataques cibernéticos.
O seguro cibernético tem como objetivo dar cobertura em caso de roubo de dados, extorsões cibernéticas, multas e indenizações em decorrência da violação de dados e interrupção dos serviços.
PMEs passam a ter cobertura especializada
Para Adriano Romano, CEO da BS2 Seguros, a parceria com a Latú veio para sanar uma dor das empresas de menor porte que estavam desassistidas de um seguro cyber. “Hoje, toda grande empresa tem uma apólice para seus dados”, diz Romano. “Mas, quando olhamos para as menores, isso não é uma realidade. Porque, até agora, não havia oferta”, completa.
Paola Neira, CEO da Latú, considera que a seguradora é um parceiro ideal para a oferta. “A BS2 Seguros, estando no ecossistema de um banco digital e focada em pequenas e médias empresas, alinha-se perfeitamente com nossos objetivos. São exatamente essas companhias que mais nos emocionam ajudar já que são as mais vulneráveis”, afirma. “Hoje, em média, um incidente no Brasil custa mais de R$ 6 milhões e não são raros os casos em que as empresas precisam encerrar as operações após o ocorrido. Nossa capacidade de impactar significativamente a resiliência e a prosperidade regional aumentam substancialmente quando democratizamos o acesso a essas tecnologias e produtos”.
A expectativa é um incremento de 10% da receita da seguradora com o lançamento do novo produto até o final do ano.
Funcionamento da parceria
Na parceria entre Latú e BS2 Seguros, a startup usa sua tecnologia proprietária para levantar as vulnerabilidades de cada empresa e apontar soluções para mitigar os riscos, enquanto a seguradora analisa cada caso e assume os riscos das apólices que decida aceitar. “Não existe risco zero, mas, com nosso olhar holístico e educativo para as companhias, é possível adotar uma postura preventiva, fechar potenciais portas abertas para hackers e melhorar a segurança dos ativos digitais”, conta Paola CEO da Latú.
“O seguro cyber cobre todas as etapas após um ataque, desde a notificação dos clientes até os honorários advocatícios e pagamento de indenizações e acordos em caso de violação de dados”, sinaliza Romano, CEO da seguradora.
Para Marcos Magalhães, CEO do Banco BS2, ter um produto tão inovador e, até então, inacessível para as PMEs dentro do ecossistema do BS2 é um diferencial competitivo relevante e está alinhado com a estratégia do banco. “Queremos que os negócios de nossos clientes sejam sustentáveis e duradouros e o seguro cyber é completamente compatível com essa atuação”, aponta Magalhães. “Medidas de segurança precisam acompanhar as novas tecnologias e, agora, pequenas e médias empresas podem aprimorar a proteção de seus dados e reduzir os impactos de um sinistro com mais eficiência”. A expectativa é que 15% da base de clientes BS2 adquira essa apólice até o final de 2024.