Seguros lideram a preferência, mas consórcios e assessoria de investimentos ganham força entre consumidores em busca de segurança e planejamento
O brasileiro está cada vez mais consciente e preocupado com segurança financeira. É o que mostra uma pesquisa recente realizada pelo Google, na qual 53% dos consumidores do país pretendem contratar algum serviço financeiro em 2025. O estudo, realizado com 2.924 consumidores, revela que os seguros seguem como a opção mais procurada (68%). No entanto, os consórcios (45%) e a assessoria de investimentos (40%) ganharam destaque, apresentando crescimento.
Parte dessa procura pode ser justificada pela instabilidade econômica, que faz com que o consumidor vá atrás de produtos com potencial de proteger o dinheiro, como explica o assessor de investimentos da WFlow, Claudiner Sanches Júnior.
“Com a alta inflação e juros altos, os brasileiros procuram opções que ofereçam melhores rendimentos ou formas de aquisição de bens de maneira planejada e acessível, como os consórcios. Aliadas a isto, a preocupação com a aposentadoria, educação dos filhos e realização de sonhos impulsiona a busca por estratégias de investimento mais estruturadas e consultorias especializadas.”
A facilidade para obter informações sobre os produtos financeiros, com especialistas que conseguem traduzir a economia para um público leigo, também é um diferencial. “Mais pessoas passaram a entender conceitos básicos de investimentos, riscos e estratégias, o que aumenta a confiança para buscar orientação especializada. Com maior acesso às informações, o investidor comum passou a explorar produtos mais sofisticados. O acesso à informação empodera o investidor. Isso incentiva a pedir aconselhamento profissional para dar sustentação às decisões”, explica o assessor.
De acordo com a pesquisa, entre os consumidores de consórcios, os principais fatores que influenciam a contratação são a busca por segurança (73%) e formas de pagamento flexíveis (70%). Já para quem procura assessoria de investimentos, a segurança (78%) e a acessibilidade da informação (66%) são determinantes na escolha.
Outro fator que influencia na busca pelo consórcio é que o produto se tornou uma alternativa ao financiamento, possibilitando, de forma mais econômica, a realização de sonhos e metas de consumo mais elevadas, como a aquisição de um carro ou casa.
“Os consórcios permitem a aquisição de bens por meio de parcelas mensais, o que facilita o planejamento e o controle de despesas, sem necessidade de altos desembolsos de uma só vez. Geralmente, consórcios têm taxas mais baixas em comparação com financiamentos tradicionais, tornando o custo total mais acessível ao longo do tempo”, explica Sanches.
De acordo com Sanches, a escolha do produto financeiro depende de diversos fatores, como objetivos de curto e longo prazos, tolerância a riscos e capacidade de investimento. “Não existe um produto certo ou errado, tudo depende do momento. Um planejamento financeiro eficaz leva em conta a realidade, os objetivos e o perfil de risco, além de uma avaliação cuidadosa das opções disponíveis.”
Neste ponto é que muitos consumidores têm buscado a assessoria de investimento, que oferece um suporte contínuo e garante ajustes estratégicos diante de mudanças no mercado ou na vida pessoal. Um dos principais benefícios é a economia de tempo e a tranquilidade proporcionada pelo acompanhamento profissional. “Ter um especialista cuidando do portfólio economiza esforço de pesquisa e análise, deixando as pessoas mais tranquilas para focar em outras áreas da vida, além de contribuir para evitar erros comuns, decisões impulsivas ou riscos desnecessários”, conclui Sanches.
Independentemente do tipo de serviço escolhido, a segurança desponta como fator essencial na decisão dos consumidores. Tanto que os seguros ocupam o primeiro lugar entre as intenções de contratação apontadas na pesquisa. Mais do que um diferencial, a segurança tornou-se um critério decisivo, refletindo a valorização de práticas que garantam proteção e confiança. Os consumidores priorizam serviços financeiros que estejam sujeitos a uma regulação rigorosa, sejam conduzidos com gestão transparente, comuniquem com clareza os termos e condições e, acima de tudo, sejam oferecidos por instituições comprometidas com elevados padrões éticos.