Sob as boas-vindas do presidente do CVG-SP, Anderson Mundim, o painel “O Futuro da Subscrição de Vida” reuniu lideranças de seguradoras, resseguradoras e serviços especializados para discutir como dados e inteligência artificial estão redesenhando a jornada de contratação. A sessão integrou a agenda do Café CVG-SP, na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no último dia 8 de outubro.
Mediado por Marcos Salum (Swiss Re), diretor de Relações com o Mercado do CVG-SP, o debate contou com Mario Jorge Pereira (Samplemed), Alessandra Monteiro (Austral Re), Francesca Panzeri (Swiss Re), Rogério Araújo (TGL Consultoria) e Antonio Pereira (Porto).
“O futuro já é hoje”: dados para democratizar o seguro
Abrindo a ênfase do conteúdo, Mario Jorge Pereira, diretor Comercial da Samplemed e diretor adjunto da Diretoria de Relações com o Mercado do CVG-SP, defendeu que o avanço da subscrição precisa ter a melhoria da jornada do cliente como norte e ampliar o acesso ao seguro de vida. “O futuro já está muito próximo. Já é hoje”, disse, ao destacar que organização de dados, painéis de acompanhamento (dashboards) e novas ferramentas analíticas aumentam a precisão na dimensão de riscos e aceleram decisões do subscritor.
Segundo comparativo discutido no painel, os EUA exibem maior maturidade na subscrição de pessoas, com uso intenso de dados alternativos, validação automatizada, triagem preditiva e percentual relevante de emissões automáticas, elevando a eficiência e a experiência do cliente – sem abrir mão do rigor técnico. Modelos de machine learning e IA vêm predizendo mortalidade e permitem ofertas com payback ou benefícios ao cliente em troca de dados médicos e não médicos, dentro de critérios de governança e consentimento.
Velocidade, precificação inteligente e novos nichos
Do ponto de vista comercial, Rogério Araújo (TGL) ressaltou que a tecnologia encurta o ciclo de contratação e qualifica a precificação. “A velocidade da subscrição já vem revolucionando o mercado. Com dados, precificamos melhor e abrimos espaço para segmentos antes evitados, como o de motofrete – desde que o risco seja conhecido e precificado de forma adequada”, afirmou. Para ele, o desafio é também de oferta: “83% da população economicamente ativa ainda não tem seguro de vida. Isso precisa nos incomodar”, pontuou, defendendo atuação conjunta entre corretores e seguradoras para educar e ampliar a penetração.
Resseguro e seguradoras: convergência para uma subscrição contínua
Francesca Panzeri e Alessandra Monteiro trouxeram a ótica do resseguro sobre modelos preditivos, calibração de apetite de risco e o papel dos dados na qualidade técnica. Antonio Pereira (Porto) reforçou a agenda centrada no cliente, conectando experiência de contratação e governança à sustentabilidade dos portfólios. Com a mediação de Marcos Salum, o consenso foi que a subscrição contínua – que acompanha o risco ao longo da vigência, e não apenas no início – tende a se consolidar como padrão, apoiada por dados confiáveis, interoperabilidade e ética no uso das informações.
Sinal claro do CVG-SP
O encontro reafirma a prioridade do CVG-SP de aprofundar o debate técnico e elevar a penetração do seguro de vida no país – agenda conduzida pela diretoria liderada por Anderson Mundim e pela área de Relações com o Mercado, hoje sob responsabilidade de Marcos Salum, com a participação de executivos como Mario Jorge Pereira em funções adjuntas.
Ver essa foto no Instagram
