A CAIXA Econômica Federal divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2025, alcançando um lucro líquido recorrente de R$ 4,9 bilhões — crescimento expressivo de 71,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro contábil chegou a R$ 5,8 bilhões, alta de 133,9% na comparação anual. O desempenho marca o melhor resultado da história da instituição em um primeiro trimestre.
Com patrimônio líquido de R$ 140,8 bilhões e ativos totais de R$ 2,1 trilhões, a CAIXA reforça sua liderança em áreas estratégicas como crédito imobiliário, no qual detém 66,8% de participação de mercado, com saldo de R$ 850,4 bilhões. No 1T25, foram contratados R$ 49,3 bilhões em financiamentos habitacionais, beneficiando mais de 650 mil pessoas e gerando cerca de 528 mil empregos diretos e indiretos.
A carteira de crédito total atingiu R$ 1,266 trilhão em março, alta de 10,7% em 12 meses. Destacam-se os segmentos de crédito imobiliário (+12,7%), agronegócio (+9,9%) e infraestrutura e saneamento (+6,7%). Apesar do leve aumento na inadimplência (2,49%), 92,1% da carteira permanece em faixas de menor risco, sinalizando qualidade e solidez.
No crédito comercial para pessoas físicas, o saldo chegou a R$ 141,3 bilhões, com destaque para o consignado, que representa 75,3% do volume. O crédito para empresas totalizou R$ 103,9 bilhões. Já o crédito para o agronegócio somou R$ 63,5 bilhões, com crescimento consistente.
Outro destaque foi a robusta performance nas captações, que somaram R$ 1,703 trilhão (+12% em 12 meses), com crescimento nas modalidades de depósitos a prazo, letras financeiras e poupança — esta última alcançando R$ 379,4 bilhões.
A margem financeira cresceu 4,8% no comparativo anual, atingindo R$ 16 bilhões, enquanto o resultado da intermediação financeira saltou 34,7%, totalizando R$ 13,9 bilhões. As despesas administrativas recuaram 4,9% frente ao 1T24.
Desempenho social e cultural também avança
A CAIXA manteve forte atuação nos programas sociais do governo federal, com R$ 104,6 bilhões pagos em benefícios no trimestre, incluindo R$ 41,3 bilhões do Bolsa Família a 20,7 milhões de famílias. O Programa Pé-de-Meia repassou R$ 3,4 bilhões a estudantes, enquanto o Auxílio Gás e outros programas somaram R$ 2,2 bilhões.
As Loterias CAIXA arrecadaram R$ 5,5 bilhões no período, dos quais R$ 2,1 bilhões foram destinados a áreas como esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde. A CAIXA Cultural, por sua vez, celebrou 45 anos e atraiu 200 mil visitantes com sua programação artística.
Destaque no mercado de capitais e solidez regulatória
A instituição também reforçou sua presença no mercado de capitais com a operação de follow-on da CAIXA Seguridade, que superou R$ 1 bilhão, e com a primeira emissão internacional de dívida temática de inclusão social, captando US$ 700 milhões em operação com demanda sete vezes superior à oferta.
A CAIXA encerrou o trimestre com Índice de Basileia de 15,2% e Capital de Nível I de 13,8%, acima dos mínimos regulatórios, e alcançou sua melhor posição no ranking de reclamações do Banco Central (13ª colocação), reforçando seu compromisso com a qualidade no atendimento.
Segundo a instituição, o desempenho recorde do trimestre reflete a solidez da carteira de crédito, a eficiência na gestão de riscos e o papel social desempenhado pelo banco em todo o território nacional.