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Calor extremo desafia segmento de seguros patrimoniais de grandes riscos

Foto por: Sixteen Miles Out/ Unsplash Images
Foto por: Sixteen Miles Out/ Unsplash Images

Segundo o relatório SONAR 2025: New Emerging Risk Insights, divulgado pelo Swiss Re Institute, o calor extremo já supera, em letalidade, furacões, enchentes e terremotos combinados — e seus efeitos sobre ativos físicos tendem a crescer nos próximos anos.

O relatório destaca que 2024 foi o ano mais quente já registrado. Entre junho de 2023 e abril de 2024, ocorreram 76 ondas de calor em 90 países, afetando mais de 6 bilhões de pessoas com pelo menos 31 dias de calor extremo.

A frequência dessas ocorrências dobrou desde 1991, tornando esse fenômeno um risco estrutural para imóveis comerciais, industriais e infraestruturas críticas.

Entre os impactos mais relevantes para os seguros patrimoniais de grandes riscos estão:

  • Incêndios florestais e urbanos, que ameaçam instalações industriais, armazéns e centros logísticos;
  • Falhas em sistemas de transporte, energia e água, comprometendo a operação de parques industriais e empresas de infraestrutura;
  • Combustão espontânea de materiais inflamáveis, como solventes, químicos e insumos armazenados;
  • Danos estruturais em edificações corporativas expostas a temperaturas extremas;
  • Infestações por fungos e mofo em estoques e ativos sensíveis, impulsionadas por ambientes quentes e úmidos.

SONAR 2025 ressalta que esses efeitos já pressionam a sinistralidade nas carteiras patrimoniais e exigem atenção estratégica de seguradoras e resseguradoras.

Estimativas do Fórum Econômico Mundial, citadas no relatório, projetam perdas financeiras globais de até US$ 448 bilhões por ano até 2035, com impactos diretos em setores com alta concentração de ativos físicos.

Outro dado relevante são os US$ 74 bilhões em perdas seguradas com incêndios florestais entre 2014 e 2023 — um indicativo de que riscos antes considerados excepcionais vêm se tornando recorrentes e com valores crescentes de indenização.

Apesar da escalada dos riscos, o relatório aponta que muitas apólices patrimoniais ainda não contemplam plenamente os efeitos do calor extremo. Há, portanto, uma oportunidade relevante para inovação com produtos paramétricos, coberturas adicionais e soluções customizadas para setores críticos, como energia, logística, alimentos e agronegócio.

SONAR 2025 reforça a importância de ampliar a conscientização sobre a resiliência patrimonial e a proteção oferecida por seguros, especialmente em um cenário de urbanização acelerada e mudanças climáticas. O planejamento estratégico baseado em dados e tendências é fundamental para mitigar perdas e apoiar a continuidade operacional dos segurados.

 Lançado em 12 de junho deste ano, o SONAR 2025: New emerging risk insights apresenta um olhar sobre riscos em evolução e que afetam toda a sociedade. Além disso, antecipa tendências com base em sinais precoces e pesquisas especializadas, apoiando o planejamento estratégico de seguradoras, resseguradoras e parceiros. Veja os detalhes no relatório SONAR 2025: New emerging risk insights | Swiss Re

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