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Capacidade de armazenagem agrícola cresce 3,0% e chega a 188,8 milhões de toneladas no 1º semestre de 2022

No 1º semestre de 2022, a capacidade disponível para armazenamento no Brasil foi de 188,8 milhões toneladas, 3,0% superior ao semestre anterior. O número de estabelecimentos subiu 2,2% em relação ao segundo semestre de 2021.

O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.183) e o Mato Grosso possui a maior capacidade: 46,9 milhões de toneladas.

O estoque de produtos agrícolas totalizou 65,5 milhões de toneladas, uma alta de 10,5% frente às 59,2 milhões de toneladas de 30 de junho 2021.

Neste primeiro semestre de 2022, as Regiões Norte, Sul e Centro-Oeste tiveram aumentos no número de estabelecimentos de 15,1%, 0,7% e 5,1%, respectivamente, enquanto Nordeste e Sudeste apresentaram quedas de 1,0% e 0,1%. Em relação aos cinco principais produtos agrícolas existentes nas unidades armazenadoras, os estoques de soja representaram o maior volume (35,3 milhões de toneladas), seguidos pelos estoques de milho (19,3 milhões), arroz (5,1 milhões), trigo (2,3 milhões) e café (0,8 milhão). Estes produtos constituem 95,8% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa.

NOTA: Excepcionalmente nesta edição da pesquisa, 305 estabelecimentos localizados em Mato Grosso não foram coletados devido a dificuldades operacionais. Seus volumes estocados de milho e soja foram imputados com base no volume armazenado desses produtos no 1º semestre de 2021. A soma do volume estocado de milho nesses estabelecimentos representou 810,9 mil toneladas, 8,3% do volume total armazenado no Estado. No caso da soja, a soma do volume estocado nesses estabelecimentos representou 382,1 mil toneladas, 12,3% do volume total armazenado no Estado. Como as safras de milho e soja não apresentaram grandes diferenças nos últimos dois anos, foi utilizado o mesmo valor estocado em 2021 para 2022. Espera-se coletar os dados destes estabelecimentos na próxima edição.

Capacidade dos silos chega a 96,1 milhões de toneladas, com alta de 4,0%

Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no País, tendo alcançado 96,1 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2022, ou 50,9% da capacidade útil total. Em relação ao segundo semestre de 2021, a capacidade dos silos cresceu 4,0%.

Na sequência, assinalam-se os armazéns graneleiros e granelizados, que atingiram 70,0 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 2,1% superior à verificada no período anterior. Este tipo de armazenagem é responsável por 37,1% da armazenagem nacional.

Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 22,6 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 1,4% em relação ao segundo semestre de 2021. Esses armazéns contribuem com 12,0% da capacidade total de armazenagem.

Os silos predominam na Região Sul, sendo responsáveis por 63,5% da capacidade armazenadora dessa região e 48,6% da capacidade total de silos do país. O tipo graneleiros e granelizados é mais frequente no Centro-Oeste, com 52,8% da capacidade dessa região e 57,2% da capacidade total. Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam no Sul (34,0%) e no Sudeste (31,0%). Estas duas regiões, juntas, correspondem a 65,0% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país.

Número de estabelecimentos aumentou nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste

Com 8.378 estabelecimentos ativos no primeiro semestre de 2022, a pesquisa apresentou acréscimo de 2,2% no número de estabelecimentos ativos frente ao segundo semestre de 2021. As regiões Norte, Sul e Centro-Oeste tiveram aumentos no número de estabelecimentos de 15,1%, 0,7% e 5,1%, respectivamente, enquanto Nordeste e Sudeste apresentaram quedas de 1,0% e 0,1%.

O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (2.183), seguido do Mato Grosso (1.416) e Paraná (1.343). Mato Grosso tem a maior capacidade de armazenagem do País, com 46,9 milhões de toneladas. Deste total, 58,3% são do tipo graneleiro e 35,2% são silos. O Rio Grande do Sul e o Paraná possuem 35,1 e 32,9 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente, e o silo é predominante nesses estados.

Estoque de milho cresce, enquanto os de soja, arroz, trigo e café caem

O estoque de produtos agrícolas totalizou 65,5 milhões de toneladas, uma alta de 10,5% frente às 59,2 milhões de toneladas de 30 de junho 2021.

No primeiro semestre de 2022, houve acréscimos nos estoques de milho (69,1%). Nos demais produtos armazenados, as quedas foram de 4,0% na soja; 6,4% no arroz; 5,7% no trigo; e 19,6% no café.

Estes produtos constituem 95,8% do total estocado entre os produtos monitorados por esta pesquisa. Os 4,2% restantes são compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.

Número de estabelecimentos e capacidade útil, por Unidades da Federação Brasil – 1º semestre 2021

UF Número de Estabelecimentos Capacidade (t)
Total Convenciona (1) Graneleiro Silo
BRASIL 8.378 188.769.657 22.606.426 70.032.852 96.130.379
RO 52 705.211 169.501 74.470 461.240
AC 17 66.970 12.900 0 54.070
AM 8 347.706 18.540 304.368 24.798
RR 14 165.286 12.200 0 153.086
PA 80 1.931.368 165.606 191.810 1.573.952
AP 10 212.168 66.168 0 146.000
TO 101 2.648.560 308.400 587.390 1.752.770
MA 61 2.214.067 70.649 1.668.600 474.818
PI 111 3.043.852 283.951 1.050.582 1.709.319
CE 71 939.812 574.865 13.300 351.647
RN 13 98.747 98.747 0 0
PB 13 310.762 96.432 2.480 211.850
PE 30 417.136 155.284 4.612 257.240
AL 5 53.302 17.402 3.000 32.900
SE 8 89.247 26.807 16.440 46.000
BA 168 4.634.256 474.351 2.067.365 2.092.540
MG 446 7.957.307 3.275.944 1.550.520 3.130.843
ES 87 1.441.551 675.967 564.560 201.024
RJ 11 116.394 13.308 11.653 91.433
SP 647 11.801.133 3.045.895 2.681.589 6.073.649
PR 1.343 32.899.432 4.404.088 9.923.049 18.572.295
SC 331 5.570.013 508.264 1.068.506 3.993.243
RS 2.183 35.133.455 2.775.887 8.156.797 24.200.771
MS 572 12.558.141 605.054 4.411.519 7.541.568
MT 1.416 46.900.292 3.062.514 27.320.138 16.517.640
GO 560 16.023.870 1.372.403 8.327.104 6.324.363
DF 20 489.620 315.300 33.000 141.320
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Agropecuárias, Pesquisa de Estoques, 1º semestre de 2022.
Nota: (1) A capacidade dos armazéns convencionais, estruturais e infláveis foi convertida na proporção de 0,6t/m³

Via: IBGE

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